Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoHá quem deite foguetes com a redução do IRS que supostamente irá devolver 500 milhões de euros aos contribuintes. Mas mais do que o que poupamos com esta medida, que dará entre um punhado de euros aos salários mais baixos e até perto de 400 euros aos rendimentos elevados, estamos a pagar mais num imposto escondido e insidioso: a inflação. Não só o ritmo dos preços está a aquecer, como está a penalizar as pessoas com menos recursos, com rendimentos tão baixos que até estão isentas do IRS. A inflação registada nos produtos alimentares não transformados acelerou, em junho, pelo quinto mês consecutivo, para 4,7%. É um ritmo que é quase o dobro da média da inflação. Como os mais pobres gastam gastam uma fatia superior do seu escasso rendimento em comida, significa que são os mais penalizados pelo agravamento dos preços. O poder de compra das pensões mais baixas e de trabalhadores com salários muito modestos está a ser severamente castigado. Na realidade as famílias mais pobres não vão beneficiar nada da descida do IRS, mas vão pagar mais em impostos escondidos na inflação. Porque mesmo com taxas reduzidas, quando um produto alimentar fica mais caro o Estado arrecada mais IVA.
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