Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoA discussão do orçamento antes da votação final global parece um regateio de quem quer ficar bem na fotografia para agradar aos eleitores. O problema é que o orçamento se baseia num bem escasso, o dinheiro dos contribuintes. E mais despesa significa sempre ter de aumentar os impostos. Por isso e para acautelar a sustentabilidade das contas públicas, convém ter prudência e é dever de qualquer ministro das Finanças ter alguma avareza. O governo ainda acredita em contas públicas equilibradas no próximo ano, mas a margem é muito curta, basta qualquer deslize para voltarmos aos défices. E como já sabemos, os défices são sempre pagos com mais esforço dos contribuintes, ou imediatamente ou no futuro com aumento da dívida, que é sempre suportada pelos impostos que pagamos. O equilíbrio nas contas públicas devia ser uma regra de consenso político. Os défices só deveriam ser possíveis em anos de extrema crise e não a norma, como parece ser neste País.
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É dever do ministro das Finanças ter alguma avareza no orçamento
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Com a despesa a crescer, margem para reduzir impostos é quase nula.
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