Os anos passados desde a tragédia de Pedrógrão Grande deram-nos a ilusão de que tínhamos aprendido com os erros. Anos seguidos com área ardida comparativamente reduzida fizeram-nos crer que o país não voltaria a ser fustigado daquela forma pelas chamas que provocaram mais de 100 mortos e consumiram mais de 500 mil hectares, incluindo o histórico Pinhal de Leiria. Corrijo: a passagem dos anos não nos fez acreditar que estava tudo bem. Provavelmente fez-nos esquecer do que sabíamos que era necessário fazer em áreas normalmente já votadas ao esquecimento. Falhámos na prevenção, na limpeza das matas, na reorganização das estruturas, no (des)ordenamento do território, no abandono do interior e na gestão da floresta. Bastaram uns dias mais quentes e alguns fogos que saíram do controlo para que o país voltasse a ficar refém das chamas, com vítimas mortais, casas ardidas e incêndios a entrar por localidades dentro. Mais do que dos "criminosos" ou dos alegados "interesses" nos fogos (os famosos "madeireiros" que ninguém conhece, os eucaliptos ou os pirómanos) a responsabilidade pelos incêndios que grassam no país é daqueles que falharam na gestão da floresta e ordenamento do território.
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