Tenho por Mariana Mortágua uma espécie de afeição literária – ela daria uma personagem romanesca (não de Balzac) destinada a derrotas notáveis, sofrendo os infortúnios da virtude com certa arrogância inteletual e “superioridade moral”. A velha húbris. Geralmente, o que ela conclui está errado – e o caminho leva-a a novo desaire, sem cessar, nunca aceitando responsabilidades. Não sendo a única culpada, o BE ficou neste estado. Desta vez, MM descobriu que “a esquerda” quer falar das “condições de vida”, mas que a direita, esse vaso de peçonha, lhe abriu uma “guerra cultural” com a questão da burqa e da imigração. Acontece que, durante 25 anos, desde a sua fundação, o BE não fez mais do que alimentar a “guerra cultural”, no que foram muito expeditos os seus fundadores. Depois de cada desaire ou de cada vitória, o BE elegia uma nova “causa” ou uma nova extravagância que o afastasse das coisas terrenas – até não haver senão deserto e os eleitores passarem ao Livre e ao PS. MM é uma das derradeiras heroínas desta teimosia.
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Não sendo Mariana Mortágua a única culpada, o BE ficou neste estado.
Pensei que o governo britânico tinha feito mais uma coisa tolinha.
A literatura, o cinema e a televisão estão cheios de Nova Iorque e a maior parte dos seus visitantes nem precisa de a visitar, de tal modo participam dessa mitologia.
Cartas dos escritores são uma fonte de felicidade para os seus melhores leitores.
Há anos que aqui escrevo sobre a tragédia sudanesa e nunca esperei que os profissionais da indignação ou a tralha anti-semita europeia se preocupassem com as vítimas africanas.
"Ventura quer propaganda à borla nos media, e há media que caem na esparrela".
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