Só a primeira parte da frase serve para entrar nas manchetes. Mas, mesmo sem a inevitável segunda parte, é uma bela ideia de Marques Mendes enquanto candidato presidencial: “Presidente não tem de dizer tudo o que pensa – mas deve pensar em tudo o que diz.” Sabermos tudo “o que o Presidente pensa” é capaz de ser uma ocupação excessiva que o transformará numa espécie de dicionário ambulante que teremos de folhear por curiosidade ou para, às sextas-feiras, apimentar longos artigos cheios de “fontes” nunca identificadas. É claro que há um reverso da frase: é preciso que o próprio Presidente não caia na tentação de “dizer tudo o que pensa”, porque interessa muito mais o que diz e o que aparece claramente citado. No regime e no sistema atuais, o Presidente é um símbolo nacional e um ator discreto que toma a palavra nos momentos certos e relevantes. Esse é o preço a pagar pelo exercício do poder, mesmo no tempo da “transparência” e da “relação verdadeira” entre eleitos e eleitores (nenhuma dessas coisas existe realmente).
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