Um amigo judeu acha absurdo perguntar-lhe por que razão vai à sinagoga no Yom Kippur, uma vez que não é religioso praticante. “Não interessa. É tradição. Estranho seria não ir.” Esta resposta não devia surpreender nenhum europeu nascido depois do século XVIII, como não escandalizaria um europeu de há três décadas, salvo se praticasse o ateísmo como uma religião mais severa e rigorosa do que o catolicismo dos nossos trisavós. No domingo, João Pereira Coutinho mencionou aqui o cancelamento de festas de Natal e de Novo Ano por razões de segurança, cujos custos aumentam pela Europa que agora “assinala as Festas”, cheia de “respeito” multirreligioso, como se a menção ao Natal provocasse um AVC num muçulmano, ou o Ramadão uma síncope a um cristão. Habituada ao seu secularismo e ao respeito pelas minorias, a Europa transforma-se lentamente numa “terra de ninguém” cultural, que em breve duvidará das suas catedrais, dos seus textos, da sua arte, da sua memória, como hoje encolhe os ombros em relação às suas tradições.
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