Anteontem, ao ligar a rádio no regresso a casa, dei-me conta de que tinha sucedido um escândalo. Portugal é um país que se escandaliza com relativa frequência e que, se fosse feita a sua vontade, se cortavam uma a duas cabeças por dia. Ontem, a esquerda e o dr. Ventura, a uma só voz esganiçada, pediam a cabeça do ministro da Educação por ter dito uma evidência sobre as residências universitárias: que a sua gestão “fica negligenciada quando temos apenas utilizadores de baixo rendimento, porque estas pessoas não têm voz”. Toda a gente o sabe (o mesmo se aplica a setores do SNS). O que Fernando Alexandre mostrou é que as elites políticas e económicas não se incomodam com as residências porque, simplesmente, as não utilizam; logo, são maltratadas e abandonadas. Mas era mais fácil retirar uma frase do contexto e explorá-la até ao absurdo. O PS, a esquerda, o dr. Ventura e os pivots das TVs correram que nem fraldiqueiros a pedir demissão e retratação. Nenhum deles reconheceu ser membro de um rancho folclórico de tolinhos.
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O ministro da Educação disse uma evidência sobre as residências universitárias, mas era mais fácil retirar uma frase do contexto e explorá-la até ao absurdo.
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