Vamos lá: apetecia-me realmente uma cataplana de bacalhau. Imaginei o composto, perfumado, a sair do recipiente de cobre que mal uso - a nossa ‘tajine’ algarvia, no fim de contas -, as malaguetas adicionais, o tomate a desfazer-se, as tiras de bacalhau cremosas, e isso pareceu-me uma antecâmara do paraíso dominical. Também imaginei que os leitores mais ortodoxos iriam resmonear, pesponteando que “a verdadeira cataplana” é de mariscos, amêijoas ou peixe fresco. Não é. A cataplana é do povo e de quem a usa, e servirá para tudo o que quisermos, incluindo carne. Uma voz segredou-me que o bacalhau segue - infelizmente - o mesmo caminho, lembrando-me que já vi servir ‘mac & cheese’ de bacalhau, bacalhau com morangos e, oh, deuses da cozinha!, já me falaram de tacos de bacalhau com puré de couve roxa e um dia hão de criar o ‘chop suey’ ou o ‘ramen’ de bacalhau. O bacalhau está para o delírio de quem não sabe o que lhe fazer, como a “cerveja artesanal” para os alquimistas de hoje, reunidos em círculo, bebendo mixórdias que vagamente se parecem com água, malte e lúpulo em quantidades equilibradas.
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A linguagem tornou-se um inquietante campo de treino para os blocos em confronto.
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