Bruno Pereira
Presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de PolíciaDiríamos que a PSP precisa de uma intervenção urgente e em larga escala. Mas, chegados ao ponto a que chegamos, importa fixar prioridades e respostas [políticas] a curto prazo para que a PSP não continue, progressivamente, a afundar. São medidas estruturais que permitirão, acima de tudo, conferir estabilidade e previsibilidade. É, pois, necessário que: (1) haja um mapa plurianual de admissões ao Curso de Formação de Agentes (eventualmente sobrepostos para atingirmos uma média de 1200 novos agentes/ano); (2) que o número de vagas para o Curso de Formação de Oficiais de Polícia seja aumentado para 40/45 vagas por ano para reverter uma endémica falta de supervisão; (3) periodicidade anual na formação de novos Chefes de Polícia, com uma previsão anual de nunca menos de 200 para inverter um quadro visivelmente depauperado nas lideranças intermédias; (4) a nova lei de programação tem que contemplar a transição de verbas em todas as rubricas de forma a alavancar as taxas de execução e obviar a que as verbas se dissipem, sobretudo em áreas tão críticas como os sistemas e tecnologias de informação essenciais para a desmaterialização administrativa; (5) promoção de um processo de reorganização da estrutura da Polícia que passe por fusões e redimensionamentos necessários à obtenção de maior eficiência e projeção de recursos policiais; (6) sedimentação de uma carreira técnica dentro da Polícia, ocupada por quadro civil, que permita libertar Polícias retidos em funções de apoio; e (7) assegurar que os Polícias asseguram uma efetiva passagem à pré-aposentação, respeitando-se um direito legalmente constituído, a par de um cálculo da pensão em igualdade que a GNR e as Forças Armadas.
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Importa fixar prioridades e respostas a curto prazo para que a PSP não continue, progressivamente, a afundar.
Os Polícias estão mais velhos, mais cansados e com menos direitos.
Assimetria leva a que muitos candidatos que escolhem inicialmente a PSP optem, durante o curso, por concorrer à GNR.
Estranha esta política em que aplicam curas que sabem não combater a doença.
É impossível conseguir gerir uma organização nestas circunstâncias.
É importante implementar medidas verdadeiramente disruptivas que consigam chegar a mais candidatos.
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