Não são apenas menores. São crianças com menos de 12 anos. Diz a PSP que elas não param de aumentar no crescimento de bandos criminosos. Destacam-se como correios de droga sob a orientação de pequenos ou grandes traficantes, cumprindo uma vida criminosa antes de conhecer a própria vida. São aqueles filhos dos homens que nunca foram meninos, como escreve Soeiro Pereira Gomes, ou, recordando Jorge Amado, os descendentes dos Capitães da Areia, os Pedro Bala e os Sem Pernas dos nossos tempos. Porém, existe um enorme fosso entre as crianças elaboradas por esses escritores e aquelas que, hoje, são os aspirantes a bandidos, distribuindo droga algures pela cidade. O tempo! Era suposto que o viver democrático, sustentado por valores humanistas, tivesse as crianças como a maior prioridade da política. Era suposto, 50 anos depois, que estivéssemos a celebrar a excelência da humanidade restaurada pela força dos cravos. Em vez disso, a PSP chama-nos, na secura dos números, para essa monstruosidade não resolvida e que cresce como um cancro que corrói as entranhas da cidade. Esta não é seguramente uma notícia de festa.
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