As sondagens apontam para a impossibilidade de a coligação PSD-CDS ou o PS conquistarem maioria absoluta nas legislativas. Esse objetivo é, no entanto, a meta, tanto de Passos Coelho como de António Costa, que se esforçam numa missão impossível. Não há debate, nem promessa, nem marketing de campanha que lhes valham. A meta está barrada pelo sistema proporcional, com círculos tão diferentes em deputados eleitos que só vale a pena fazer campanha em Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e Aveiro.
A expectativa seria completamente diferente se parte dos deputados fosse eleita em círculos uninominais. O combate não se limitaria aos líderes, todos os apertos de mão contavam e cada voto era decisivo. A eleição, ontem, no Reino Unido, do ultraminoritário Jeremy Corbyn para líder do partido Trabalhista, após 32 anos de política coerente, com oito vitórias consecutivas desde 1983, no seu círculo do norte de Londres, mostra que a democracia é mais aberta com a responsabilização direta do eleito perante os eleitores. Não se aceita que os partidos insistam, em Portugal, em manter as eleições como coutada privada.
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