Quando a Grã-Bretanha disse adeus à União Europeia, o silêncio era sepulcral em Bruxelas. Ontem, as rolhas de champanhe devem ter saltado com abundância. O que se compreende.
Deixemos de lado a óbvia humilhação de Theresa May. Os conservadores não perderam só a maioria; perderam uma estrada livre para negociarem um ‘hard Brexit’ que, no essencial, pretendia acordo comercial com a Europa (sem a canga respectiva: circulação de pessoas, regulamentos, contribuição financeira) e luz verde para negociarem com o resto do mundo.
Agora, metidos na jaula pelos unionistas irlandeses, como cumprir um cardápio que Belfast reprova expressamente? Alguém acredita que os conservadores estão dispostos a transformar o Reino Unido numa espécie de Noruega – um parceiro de comércio que engole tudo o que Bruxelas impõe? Cheira-me a novas eleições. Mas, primeiro, vem aí o caos.
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.