Luís Tomé
Professor Catedrático de Relações InternacionaisAs insensatas e falsas tarifas “recíprocas” de Trump (calculadas não em função das taxas que outros países aplicam aos produtos americanos, mas com base no défice comercial dos EUA) visam três principais objetivos geopolíticos: 1) desmantelar a ordem económica que os EUA ajudaram a construir desde a II Guerra Mundial, incluindo regras internacionais e organizações como a Organização Mundial do Comércio; 2) travar a ascensão da China enquanto epicentro industrial e tecnológico mundial, e limitar a influência estratégica de Pequim, sobretudo, nos setores tecnológico e dos minerais críticos; e 3) destruir ou, no mínimo, dividir a UE e, paralelamente, perturbar a reaproximação estratégica entre a UE e o Reino Unido (Ucrânia...). A fragmentação da UE limita o seu poder negocial coletivo, a sua autonomia face aos EUA e a sua capacidade regulatória nos domínios digital, tecnológico e da defesa onde os EUA têm especiais interesses. E apesar do comércio ser uma competência exclusiva da UE, Trump espera que alguns Estados-membros contrariem as leis europeias e façam acordos bilaterais com os EUA. A Europa tem de responder coesa e firmemente.
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