Umo Cani era guineense e tinha nome e uma história. Estava grávida, era acompanhada no SNS, mas perdeu a vida e a filha, com pouco mais de 24 horas. O que falhou? É urgente apurar se houve negligência, se a falta de camas ou recursos foi um fator decisivo, ou se o erro foi, de facto, humano. O que não pode ser ignorado é o tratamento dado à memória de Umo Cani. A mulher, já vulnerável, foi imediatamente acusada de esconder registos clínicos e de colocar em risco a sua própria saúde e a da filha. Essa narrativa, alimentada pelo Governo, tenta transformar a vítima em culpada. O que é inadmissível não é só a falha do sistema, mas como a dignidade de Umo Cani foi destruída. Enquanto isso, a ministra segue intocada. Ficamo-nos pela demissão do presidente do conselho de administração do hospital, enquanto o silêncio de parte deste País continua a dizer muito sobre a desigualdade e a indiferença do sistema de saúde.
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O que é inadmissível não é só a falha do sistema, mas como a dignidade de Umo Cani foi destruída.
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