Umo Cani era guineense e tinha nome e uma história. Estava grávida, era acompanhada no SNS, mas perdeu a vida e a filha, com pouco mais de 24 horas. O que falhou? É urgente apurar se houve negligência, se a falta de camas ou recursos foi um fator decisivo, ou se o erro foi, de facto, humano. O que não pode ser ignorado é o tratamento dado à memória de Umo Cani. A mulher, já vulnerável, foi imediatamente acusada de esconder registos clínicos e de colocar em risco a sua própria saúde e a da filha. Essa narrativa, alimentada pelo Governo, tenta transformar a vítima em culpada. O que é inadmissível não é só a falha do sistema, mas como a dignidade de Umo Cani foi destruída. Enquanto isso, a ministra segue intocada. Ficamo-nos pela demissão do presidente do conselho de administração do hospital, enquanto o silêncio de parte deste País continua a dizer muito sobre a desigualdade e a indiferença do sistema de saúde.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Quando estão em causa políticos, a prioridade deveria ser sempre a clareza, a confiança e a responsabilização.
Quando uma decisão de inconstitucionalidade acontece, o debate devia a ser outro.
Não há consequências para quem falhou.
Clara acumulava uma carreira marcada pelo jornalismo, pela divulgação científica e por uma escrita que desafiava fronteiras.
Na antevéspera da greve geral, o País entra numa espécie de pausa.
Gouveia e Melo devesse começar por estudar o passado dos seus próprios arautos.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos