Anoitece em Lisboa. Subir a Calçada da Glória dá um trabalhão às pernas. Dois casais de adolescentes decidem ir petiscar lá acima, ao Bairro Alto. O elevador está parado cá em baixo, nos Restauradores. Sobe e desce de meia em meia hora. O 25 de Abril já aconteceu há mais de 2 anos. O guarda-freio fuma um cigarro. Os miúdos conversam na esquina. O homem da Carris chama-os. "Bora lá! Isto vai partir!". O Bairro Alto resiste como amálgama simpática de velhos moradores, fadistas, casas de fado, proxenetas, jornalistas, tipógrafos, ardinas, boémios encartados, "raparigas da vida" e seus clientes incertos. Turistas só muito de vez em quando. Iniciada a subida, meio encolhidos ao fundo, os namorados aproveitam a meia-luz da cabina. Líbido à flor da pele, dedicam-se a delicadas manobras de mãos e a beijos molhados. São os únicos passageiros. O guarda-freio vai concentrado na condução. Só a uns 50 metros do Jardim de S. Pedro de Alcântara é que topa a cena lá atrás. "Eh pá! Mas que pouca-vergonha é esta?!" E aponta para a porta. "Todos lá para fora! Ainda chamo a polícia!"
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