Nunca levei a sério as mensagens natalícias de quem nos governa. A coisa oscila sempre entre o paternalismo e a propaganda - e o actual governo não foge ao figurino. Desta vez, com avisos directos à oposição (‘Deixem-nos cumprir a legislatura’) e uma referência equívoca a Cristiano Ronaldo. Sim, o jogador é um exemplo de talento e trabalho. Mas o futebol onde ele prosperou, ao contrário do país real, não sufoca esse talento e trabalho em burocracia, compadrios, acesso irregular à saúde ou entraves à criação de riqueza. Acredi- tar que cada português pode ser um Ronaldo é esquecer o Portugal atávico que o rodeia. Se o primeiro-ministro quer mudar esse país, óptimo; se quer imitar a ‘mentalidade’ de Ronaldo, melhor ainda. Mas isso faz-se com actos, não com pa- lavras. Ronaldo não se tornou o melhor do mundo só por repetir que era o melhor do mundo. Provou-o.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Nunca levei a sério as mensagens natalícias de quem nos governa.
Gouveia e Melo revelou impreparação e prepotência, dois vícios de forma que não o recomendam para o cargo. Marques Mendes não conseguiu dissipar a sombra de ‘facilitador de negócios’.
Melhor pedir contas às lideranças europeias que se foram rendendo aos ditames do fanatismo.
Tivesse o ensino público cumprido o seu papel e os camaradas dominariam o básico sobre a sua própria ideologia.
O PS e o Chega sabem que terão três anos de oposição, com o inevitável desgaste que estes desertos provocam nas chefias.
Entre Zelensky e Putin, venha o diabo e escolha.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos