Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoPara grande parte dos funcionários públicos, a proposta de atualização salarial apresentada pelo governo é um duro corte, semelhante ao dos tempos da troika.
Provavelmente a inflação este ano ficará mais perto de 8% do que 7%. Logo cada ponto percentual de aumento de salário inferior àquele patamar é uma perda de poder de compra.
Para quem ganha mais de 2600 euros, o corte proposto pelo governo significa perto de um mês de salário, já que o diferencial face à inflação pode chegar aos seis pontos percentuais.
E como sabemos esta negociação é também uma bitola para o setor privado.
A espiral de inflação que este ano leva um mês de salário ao poder de compra da maioria dos trabalhadores por conta de outrem ameaça deixar marcas para o futuro, porque ao não atualizar a base salarial do próximo ano com a erosão inflacionista de 2022, o governo está a fazer um ajustamento brutal nos salários, com um corte real diluído na inflação.
A única diferença é que no tempo do resgate da troika, não havia inflação e os cortes foram nominais.. Mas na realidade o ataque ao poder de compra é semelhante.
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