A vitória de Geert Wilders, fundador do Partido da Liberdade, que defende a saída dos Países Baixos da União Europeia, a blindagem das fronteiras a imigrantes e asilados, a proibição do Alcorão e o fecho de mesquitas, só pode ter surpreendido os idealistas. Ao colocar no centro da campanha eleitoral um discurso eurocético e islamófobo, Wilders afinou pelo diapasão da emergente extrema-direita europeia e, ao bom estilo populista, desprezou os reais problemas dos holandeses, como o aumento galopante do custo de vida, a falta de habitação ou uma segurança social em colapso. Acontece que a narrativa do homem que exibe um topete ao estilo de Trump venceu com uns invejáveis 37 lugares parlamentares, mas ficou longe dos 76 assentos que lhe permitiriam governar em maioria, pelo que terá de negociar complexas coligações. Cientes dos valores constitucionalmente duvidosos de Wilders, vários partidos, até de centro-direita, já manifestaram indisponibilidade para viabilizar o executivo do vencedor que, no final das contas, até pode sair vencido. Não é provável. Sobretudo se Geert Wilders aprofundar a iniciada viragem do discurso e insistir que, agora, a sua prioridade afinal já não é evitar a islamização do país.
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