Os portugueses precisaram de esperar mais de cinco meses para festejar o Dia da Libertação Fiscal e Social. Até 7 de junho, os trabalhadores estiveram a suportar contribuições e impostos. Basicamente, trabalharam para o Estado. Um massacre tributário, que conduz a uma classe média empobrecida, cada vez com maior dificuldades em cumprir as suas obrigações, como os encargos com a habitação, e à fuga de jovens para o estrangeiro, onde o rendimento líquido mensal é muito superior. Duas realidades que não se resolvem com bónus aos pensionistas (não confundir com aumentos das pensões) nem pequenas mexidas no IRS, que implicarão, em 2026, menos valor nos reembolsos e mais contribuintes a pagar. Acresce, ainda, que esta pressão fiscal não se reflete na qualidade e eficiência dos serviços públicos. Basta ver o que se passa na Saúde.
O diagnóstico ao Estado da Nação feito esta semana pelo Governo no Parlamento não indicia alterações significativas no calendário da Libertação Fiscal e Social. A linha de rumo de Montenegro e da sua equipa é a mesma do primeiro mandato. Em lugar de resolver os problemas, como o da excessiva carga fiscal, que estrangula famílias e empresas, vai-se distribuindo dinheiro, de preferência em cima de atos eleitorais, como aconteceu o ano passado e se repete este ano, agora com a apoio do aliado ‘não é não’, que passou a ‘talvez e sim’, numa nova variante de geringonça.
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