Todos os dias homens, mulheres e crianças arriscam a vida para conseguir um bocado de farinha da esmola intermitente que Israel distribui em Gaza. É ignóbil que alguém que procura uma réstia de comida arrisque ser baleado, mas é isso que se passa com a ajuda distribuída pela Fundação Humanitária de Gaza, um organismo incompetente, criado para materializar a política de Benjamim Netanyahu de fazer da fome uma arma de guerra. O governo israelita não impede a ONU de distribuir comida em Gaza apenas porque acha que a alimentação iria parar ao Hamas – o que não prova. Israel parece apostado em exterminar os palestinianos e por isso limita a comida e a água aos limites do que muitos consideram práticas genocidas. Limitar a entrega da parca ajuda apenas a um ponto de distribuição no sul Gaza, forçando os palestinianos do norte a um êxodo diário humilhante que ultrapassa o limite da desumanidade numa sociedade que se diz democrática. A transumância humanitária a que Israel sujeita os palestinianos não pode merecer a mudez do Ocidente e, especialmente, da Europa.
O silêncio de hoje legitima uma infâmia que a história se encarregará de julgar. E que, dificilmente, deixará de condenar Israel.
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