O ministro Leitão Amaro concluiu que o programa de assinatura gratuita de jornais e revistas para jovens "não funcionou". Não ultrapassou, até agora, as 4500. E apontou três hipóteses para a causa do fracasso: “Os jovens desconhecem o programa; complexidade técnica de acesso; os jovens não querem”. Pegando nesta última hipótese, o ministro interrogou-se sobre o que os jovens querem ou não, bem como sobre os conteúdos que os jornais e revistas lhes dão. “Vamos então dar coisas que eles não querem consumir?” Não, senhor ministro, aqui chegados, será bom tranquilizá-lo, poupar-lhe a canseira.
Esta é a parte que não tem de preocupar-se. Conteúdos de jornais não é a sua praia. Estudou e ensina Direito, é ministro, que se saiba não é editor ou diretor de publicações. Convém concentrar o seu esforço na construção de uma política pública de incentivo da leitura de jornais, revistas, livros. Reforçando a promoção das assinaturas, facilitando o acesso, promovendo a consolidação de alicerces da indústria, como a distribuição de jornais e produtos culturais pelo País, investindo na coesão territorial, olhando para o parque gráfico, ligando escolas e media. Estudando alguns modelos europeus, com genuína vontade, com disponibilidade para perceber que isso não é uma carta de alforria para receber respeitinho em troca, o trabalho pode dar frutos. Pode deixar uma marca, sem envergar as vestes de capataz de fabriqueta ou feitor de quintarola.
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