O Governo recusa aumentos permanentes nas reformas mais baixas. Também não quererá negociar aumentos permanentes com corpos especiais da Função Pública, agora que o excedente orçamental tenderá a ser uma miragem. Prefere ir dando umas pinguinhas. Dá um cheirinho no complemento solidário, uns pozinhos no ordenado mínimo, acena com a promessa de mais um extra na reforma, caso seja possível. Já todos percebemos que a caridade, não o respeito por direitos básicos, é a estratégia para manter a corda eleitoral tensa. Nos grandes interesses a história é outra. Os Governos da AD dão-se bem com os bancos e com as grandes empresas, a quem baixa impostos. Convergem com patrões nas leis laborais, adoram o sistema privado de saúde e seguros, que muito frequentam. A menos que precisem, claro, de uma máquina ou remédio que só o SNS compra. Vivem amancebados com empreiteiros, procurando com grande afã libertar hectares para que os seus amigos tenham trabalho, em nome da Pátria e dos portugueses sem casa. Percebe-se, pois, a lógica de adelgaçar o Orçamento, menos nos impostos, mas isso apenas quer dizer menos política, menos negociação, maior exploração da debilidade de um PS que precisa de tempo. Uma pequena salazarice, por falar de um político em voga nalgumas cabeças.
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