As forças policiais sofrem na pele a imobilidade política. Pensar que somos imunes ao que se passa no Sul de Espanha é trágico. Os relatórios da Fiscalía andaluza são claros: aumentou o tráfico de cocaína e haxixe, aumentou a violência contra as polícias, o poder de corromper e branquear dinheiro, os ajustes de contas, os roubos de droga. Aumentou a oferta, baixaram os preços, a segurança é cada vez mais precária, o desafio ao Estado progride, por parte de grupos que não conhecem fronteiras.
Esta tragédia no Guadiana é o resultado da diferença de meios, formação, capacidade de agir entre polícias e delinquentes. Não foi a primeira vez. Os sinais estão à vista de todos e não se compadecem com conferências de imprensa do primeiro-ministro em ‘prime time’ a fingir que tem mão dura contra os imigrantes. Muito menos com uma ministra da Administração Interna que não se nota pela ação ou pelas palavras. É preciso investimento, formação, cooperação policial. É preciso contrariar a inércia que aprova a criminalização das lanchas com um atraso simbolicamente trágico.
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