Paulo Oliveira Lima
JornalistaNa entrevista ao CM, Gouveia e Melo destacou a estratégia de comunicação implementada no processo de vacinação. E não tem dúvidas de que a clareza foi essencial. O sucesso, nem sempre habitual no nosso país, garantiu uma tranquilidade que não durou muito. E o problema parece estar novamente na mensagem.
Quem ouve os nossos decisores, desprovidos da liderança do até então vice-almirante, fica com uma confusa sensação de que estamos em circunstâncias idênticas às de 2019. Não estamos. É verdade que devemos proteger os mais frágeis. E agir com cautela para garantir a segurança de todos.
Mas o País já percorreu um longo e sinuoso caminho. As infeções, internamentos e mortes baixaram consideravelmente e os grupos de risco, vacinados, já estão a receber a terceira dose. Por isso, é preciso visão periférica enquanto coabitamos com a pandemia, como sempre previmos, sem estrangular setores vitais para a economia com medidas não adequadas ao quadro vigente.
Já sabemos que a perspicácia e capacidade de gestão não são o forte das nossas autoridades de saúde. E a inabilidade comunicacional das últimas semanas, distante do que sublinhou Gouveia e Melo, prova-o. Resta-nos que António Costa perceba isso. E não embarque em decisões cegas apenas para criar uma ideia de segurança com outros efeitos a médio prazo.
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