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"O que aconteceu não devia ter acontecido": Ministro dos Negócios Estrangeiros reage ao tráfico no Exército

Megaoperação da PJ, de grande envergadura, está em curso de Norte a Sul do País.

08 de novembro de 2021 às 10:07
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'O que aconteceu não devia ter acontecido': Ministro dos Negócios Estrangeiros reage ao tráfico no Exército

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, reagiu esta segunda-feira à investigação da Polícia Judiciária que suspeita de um esquema de tráfico de diamantes envolvendo militares e ex-militares do exército português. 

Numa breve declaração aos jornalistas, o ministro disse que "o que aconteceu não deveria ter acontecido". Ainda assim, Santos Silva alerta que não se pode "tratar indícios [as suspeitas] como factos apurados" e consideram que as "autoridades judiciais competentes quando entendem que devem realizar diligências, realizam".

Reconhecendo que, "por vezes, em todas as organizações, poder haver uma situação menos clara ou outra", o secretário de Estado salientou que é "nessas situações que as autoridades devem investigar".

Augusto Santos Silva recordou ainda que o papel dos militares portugueses nas missões da NATO é "extramamente reconhecido" por outros países. 

"Não afeta a nossa imagem internacional. Se as autoridades judiciais entendem que há indícios que exigem investigações, essas investigações devem ser feitas. Vigora o princípio da separação dos poderes. não tenho nada a dizer sobre investigações em curso", vincou o ministro.

"O que digo é que a imagem internacional de Portugal muito beneficia do facto de, como gostamos de dizer, sermos um contribuinte líquido para a segurança internacional e o facto de em particular nas missões da paz das Nações Unidas ou da NATO ou das missões da União Europeia o papel desempenhado pelos militares portugueses ser unanimemente reconhecido", sublinhou.

Augusto Santos Silva destacou a sua experiência enquanto ministro da Defesa e agora como ministro dos Negócios Estrangeiros, sublinhando que não ouviu de nenhum interlocutor internacional que fale sobre as missões de Portugal que não fosse um "pedido para que continuemos a reforçar a nossa presença".

Recorde-se que, a megaoperação da PJ, de grande envergadura, está em curso de Norte a Sul do País. Há buscas em Lisboa, no Porto, em Portalegre e em vários locais da zona Centro.

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