Há buscas em Lisboa, Porto, Portalegre e vários locais da zona centro. Há um GNR e um PSP entre os detidos.
Elementos ligados ao Exército detidos por tráfico de diamantes suspeitos de traficar droga em Portugal
A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta segunda-feira dez elementos ligados ao Exército, incluindo um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) e um militar da Guarda Nacional Repúblicana (GNR), por suspeitas de tráfico de ouro e diamantes em missões internacionais. A GNR confirmou em comunicado que o militar detido se trata de um guarda-provisório em formação no 44.º Curso de Formação de Guardas em Portalegre.
De África a Antuérpia com escala em Lisboa. O mapa do tráfico de diamantes pelos militares portugueses
O agente da PSP preso presta serviço no Comando Metropolitano de Lisboa desta força de segurança. O Comando de Lisboa da PSP vai enviar, ainda hoje, um comunicado com mais informação sobre esta detenção.
A investigação visa uma rede criminosa, com ligações internacionais, que se dedica a "obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas, tendo por objetivo o branqueamento de capitais", segundo informa a PJ em comunicado.
Está em causa um esquema criminoso de tráfico de diamantes. Os militares suspeitos são todos do Exército e os crimes foram cometidos durante missões internacionais. Sob suspeita estão profissionais no ativo, mas também ex-militares.
Os diamantes e o ouro eram transportados em aviões militares desde a República Centro Africana para a Europa. Depois eram levados por via terrestre para Antuérpia, na Bélgica, onde eram vendidos a preços milionários.
A Unidade Nacional de Combate à Corrupção procedeu à execução de 100 mandados de busca, 95 buscas domiciliárias e cinco buscas não domiciliárias. Foram ainda cumpridos dez mandados de detenção emitidos pelo DIAP.
A megaoperação da PJ esteve em curso em vários pontos do País. Foram feitas buscas em Lisboa, Funchal, Bragança, Porto de Mós, Entroncamento, Setúbal, Beja e Faro, contando com a participação de cerca de 320 inspetores e peritos da Polícia Judiciária.
O CM sabe que a Polícia Judiciária também fez buscas no quartel dos Comandos da Carregueira, em Sintra. Instituições bancárias também foram alvo de buscas, visto que, existem evidentes sinais de riqueza dos militares suspeitos.
Os lucros ainda estão apurar. As autoridades admitem que possam chegar às centenas de milhões de euros, já que os diamantes atingem valores muito elevados no mercado negro. O esquema para já detetado mostra ainda um complexo sistema de ocultação do dinheiro através do sistema financeiro. Passaria por transferências para locais tão distintos como o Brasil e o Dubai, de forma a tentar evitar que fossem apanhados pelos investigadores.
A operação é presidida pelo juiz Carlos Alexandre.
O CM sabe que a PJ também se encontra a investigar um alegado esquema de branqueamento de capitais através da compra de bitcoins.
O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) reagiu à investigação da Polícia Judiciária aos militares dizendo que repudiam "totalmente estes comportamentos" e prometem "tomar medidas".
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