Presidente do Chega sugeriu existir dessintonia entre primeiro-ministro e Presidente da República.
O presidente do Chega classificou esta sexta-feira o plano governamental de desconfinamento das restrições para combater a covid-19 como demasiado faseado e gerador de "insegurança" e "intranquilidade" e sugeriu existir dessintonia entre primeiro-ministro e Presidente da República.
"O Governo falhou na missão de dar clareza a este desconfinamento. Aliás, o facto de o Presidente não querer ter voz ativa neste plano, ao contrário de todos os outros, é bem sintomático, não só do descrédito deste plano como da desconfiança que o próprio Presidente tem em relação a esta estratégia. O Chega tem exatamente a mesma desconfiança. Este é um plano difícil de compreender e que gera intranquilidade e insegurança", disse André Ventura.
O presidente do partido da extrema-direita parlamentar fez estas declarações num vídeo gravado nos Açores, onde se encontra para organizar com dirigentes locais as eleições autárquicas de setembro/outubro.
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa já declararam que a ausência de comunicação ao país do chefe de Estado, como vinha sendo habitual nestas ocasiões de renovação do estado de emergência, se deveu às primeiras viagens após retomar a posse da Presidência da República, hoje, ao Vaticano e a Espanha.
Já hoje, em Roma, o chefe de Estado disse que o plano de reabertura tem "equilíbrio muito razoável e muito prudente", falando em convergência entre parlamento, executivo, partidos e especialistas e que se mantém "esta convergência, (...) que vai até ao fim da pandemia, em matéria de pandemia, e que tem sido muito intensa porque é uma luta de todos".
"O próprio António Costa teve dificuldade em explicar e apresentar este plano, o que significa que a clareza é praticamente zero e o risco em voltar atrás em cada fase é enorme. Isto gera sentimento de insegurança aos operadores económicos, empresas, famílias, operadores de turismo, escolas, comércio - ao país inteiro", insistiu Ventura.
O chefe do Governo, António Costa anunciou quinta-feira o esperado plano de reabertura das atividades, mas "com cautela" e "a conta-gotas", após reunião do Conselho de Ministros e já com um 13.º período de estado de emergência aprovado no parlamento, até 31 de março.
Para o deputado único do partido da extrema-direita parlamentar, "há aqui vários problemas".
"Um deles prende-se com a duração, o faseamento deste plano. O Presidente já tinha deixado claro e disse-o na reunião comigo - que o Governo tinha de apostar num plano claro e que prolongar muito o desconfinamento, com múltiplas fases e critérios, ia atrapalhar a vida das pessoas e, sobretudo, gerar uma grande confusão", criticou.
O plano do executivo socialista prevê a reabertura, já na segunda-feira, de creches, ensino pré-escolar, escolas do 1.º ciclo de ensino e atividades de tempos livres (ATL), sendo reaberto ainda o comércio ao postigo e estabelecimentos de estética como cabeleireiros.
Haverá novas fases de reabertura em 05 e 19 de abril e, dentro de 53 dias, a 03 de maio, mas as medidas podem ser revistas sempre que Portugal ultrapassar os "120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias" ou que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapasse 1.
A deslocação entre concelhos para a generalidade da população continua interdita nos dois próximos fins de semana e na semana da Páscoa (26 de março a 05 de abril), e o dever de recolhimento domiciliário vigora até à Páscoa.
Hoje, a Direção-Geral da Saúde (DGA) registou 15 mortes relacionadas com a covid-19 e 577 novos casos de infeção com o novo coronavírus. O número de mortes mais baixo desde 20 de outubro, dia em que foram também registados 15 óbitos.
Desde há cerca de um ano, em Portugal, já morreram mais de 16.600 doentes com covid-19 e foram contabilizados até agora mais de 812 mil casos de infeção com o novo coronavírus que provoca a doença.
A pandemia provocou, pelo menos, 2,6 milhões mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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