Considerou que Ana Paula Martins "deveria estar, neste momento, concentrada na gestão da coordenação da emergência hospitalar".
O secretário-geral do PS considerou esta segunda-feira que vem tarde o périplo da ministra da Saúde por unidades locais de saúde e defendeu que a governante deve estar concentrada em garantir o funcionamento das urgências no inverno.
Em declarações aos jornalistas após ter-se reunido com o conselho de administração do Hospital Santa Maria, em Lisboa, José Luís Carneiro considerou que Ana Paula Martins "deveria estar, neste momento, concentrada na gestão da coordenação da emergência hospitalar" para garantir que tem capacidade de resposta no período do inverno.
"Estar, neste momento, nos cuidados primários é naturalmente positivo, porque quanto mais capacitados estiverem os cuidados primários, melhores respostas poderemos ter também nos cuidados hospitalares, mas eu diria que a verdadeira resposta que a ministra deve procurar dar neste fase (...) é mesmo garantir que a resposta de emergência hospitalar está devidamente planeada", afirmou.
Questionado se lhe parece que a volta hoje iniciada pela ministra Ana Paula Martins já vem tarde, José Luís Carneiro disse achar que sim.
"Do meu ponto de vista, uma ministra que está há quase dois anos em funções e, agora, ao fim de dois anos, vai ao encontro dos cuidados primários de saúde... Eu diria que era por aí que deveria ter começado há dois anos atrás, mas mais vale tarde do que nunca", disse.
Acompanhado pela deputada Mariana Vieira da Silva e pela vereadora na Câmara Municipal de Lisboa Alexandra Leitão, Carneiro pediu ao Governo para ter em consideração a proposta feita pelo PS para a gestão da emergência hospitalar, tendo em conta que se prevê "um inverno rigoroso", que vai requerer "níveis de coordenação da emergência hospitalar capazes de responder a essa procura".
Interrogado se lhe parece um mau sinal estar-se em novembro e já se referir que os stocks de vacinas para a gripe de dose elevada estão esgotados, Carneiro disse que sim, assim como o facto de estar previsto um corte de "10% na aquisição de bens e serviços no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
"Porque se olharmos para os indicadores da execução também deste hospital que estamos a visitar, o que tem havido é um aumento da despesa na aquisição de alguns bens e serviços e, portanto, o que seria expectável era que pudesse haver uma previsão de despesa para o ano que vem que pudesse garantir respostas (...) e o que temos em cima da mesa é uma redução", lamentou.
Depois de um dia dedicado à área da saúde, tendo visitado associações e centros de saúde nos concelhos de Loures, Azambuja e Lisboa, José Luís Carneiro disse que a avaliação que é feita no setor é que a reforma que estava em curso, e que tinha sido iniciada pelo Governo PS, era positiva.
"O que se pode extrair do diálogo que pude ter com os profissionais com ampla experiência no SNS é que as unidades locais de saúde são uma boa experiência institucional para responder às necessidades das nossas comunidades locais", afirmou.
Nestas declarações aos jornalistas, Carneiro foi questionado se já recebeu alguma resposta de Luís Montenegro relativamente às restantes cartas que tem enviado desde julho, no dia em que foi noticiado que enviou outra missiva sobre a TAP.
O secretário-geral do PS disse que, ao enviar as cartas, está a cumprir um dever que tem enquanto líder da oposição, "que é chamar a atenção do primeiro-ministro para matérias que preocupam os cidadãos" e dar conta junto da opinião pública.
Carneiro escreveu uma carta a Luís Montenegro sobre a privatização da TAP, defendendo a "salvaguarda de interesse nacional e soberania económica", uma missiva datada de sexta-feira, inicialmente noticiada pelo Público e à qual a agência Lusa teve entretanto acesso.
Nessa carta, Carneiro pede a Montenegro uma "reunião destinada a analisar o estado do processo e a discutir as salvaguardas que devem ser garantidas para que a TAP continue a ser um motor da nossa economia e coesão".
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