André Ventura acredita que "faz falta uma investigação mais aprofundada no que diz respeito a recurso a estas instituições".
André Ventura pediu esta sexta-feira a demissão imediata de João Galamba. O presidente do Chega disse ter informações de que António Costa já terá "tentado encontrar sucessores" para o cargo de ministro das Infraestruturas.
Em declarações na Assembleia da República, André Ventura disse que é "do interesse do primeiro-ministro não ter um Governo com um ambiente tóxico" e que "João Galamba é um ativo tóxico", que deve por isso ser afastado.
"Ficou evidente para todo o país a profundidade e intensidade das contradições suscitadas pelo que foi dito pelo ministro João Galamba", considerou.
Ventura afirmou que "todas a mentiras em volta do uso e recurso ao SIS mostram que é preciso investigar todas as estruturas do estado da parte do PS".
O líder do Chega anunciou que o partido quer também ouvir o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, na comissão de inquérito à TAP, depois de João Galamba o ter mencionado entre os contactos telefónicos que fez na noite de 26 de abril, na audição perante a comissão parlamentar de inquérito à TAP que terminou já esta madrugada.
"Se foi o MAI que fez a ponte com a PSP, é importante que venha explicar a que título veio, qual foi o tipo de intervenção da política", disse, considerando mais credível a versão transmitida por Frederico Pinheiro na quarta-feira à comissão de inquérito, de que foi ele próprio a pedir a intervenção policial.
André Ventura considerou ainda que são necessários mais esclarecimentos sobre o envolvimento das 'secretas' neste caso -- reiterando a necessidade de um inquérito parlamentar -, dizendo ter "a convicção" de que foi António Costa que aconselhou João Galamba a chamar o SIS, ao contrário do que foi dito pelo ministro.
"Esta teia de mentiras, falsidade e dados incompletos minam por completo a credibilidade de João Galamba enquanto ministro. Tenho um pedido ao primeiro-ministro: que demita o ministro João Galamba já hoje", disse, acrescentando "ter informações" que António Costa até já "terá tentado encontrar sucessores" para o cargo.
Questionado como tem essa informação, Ventura escusou-se a dar mais detalhes, dizendo que "a verdade vem sempre ao de cima".
Para Ventura, "fica clara a teia de desinformação que foi criada e a teia de cumplicidades para gerar mentiras e a tentativa de proteção a estes responsáveis do Governo que se atropelaram para dizer de quem era a iniciativa" de contactar os serviços secretos.
"A minha convicção pessoal é que foi o primeiro-ministro quem aconselhou João Galamba a contactar o SIS e tudo isto está a ser feito para proteger o primeiro-ministro desta decisão, não acredito que, em nenhum Governo, algum ministro contactasse o SIS para um assunto desta importância sem autorização de quem o tutela", disse, afirmando apoiar o pedido, anunciado pouco antes pela IL, de requerer a audição de Costa no inquérito à TAP.
Questionado se a demissão de João Galamba levaria à queda de todo o Governo, Ventura reiterou que entende que o tempo do atual executivo "chegou ao fim", mas que caberá ao Presidente da República ou ao primeiro-ministro essa decisão.
"Uma coisa é o fim do Governo, outra o desprestígio das instituições a que a manutenção do ministro obriga. É penoso continuar a assistir a isto. Quem vai levar a sério decisões tão importante como o aeroporto ou a ferrovia?", questionou, repetindo o apelo à demissão de Galamba.
O caso Galamba
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou na audição parlamentar que quem lhe disse em 26 de abril para contactar os serviços de informações foi o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes.
Galamba acrescentou ainda que reportou ao primeiro-ministro, António Costa, já perto da 01:00 da manhã de 27 de abril os acontecimentos no Ministério e lhe contou "que tinha sido ligado ao SIS", chamada que aconteceu horas depois de uma primeira tentativa de contacto em que o chefe do executivo não atendeu.
O caso está relacionado com a exoneração de Frederico Pinheiro, nessa mesma noite, e envolvem denúncias contra o ex-adjunto por violência física no Ministério das Infraestruturas e alegado furto de um computador portátil, caso que está a ser investigado pelo Ministério Público.
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