António Costa refere ainda que "um episódio por muito intolerável que seja, não se torna no principal problema do País".
António Costa foi esta segunda-feira questionado pelos jornalistas, num almoço comemorativo dos 25 anos da Expo98, sobre a polémica do Ministro das Infraestruturas, João Galamba, e garantiu que apenas foi informado no dia seguinte. "O SIS não me informou de nada, ninguém do Governo foi informado nem ninguém do Governo deu ordens", garante.
António Costa referiu ainda que "um episódio por muito intolerável que seja, não se torna no principal problema do País" e acrescenta que "existe pouco conhecimento do que é o SIS".
"Espero que a CPI cumpra plenamente a sua função para a qual foi criada", disse o primeiro-ministro.
António Costa garantiu que quando "aparece um documento classificado deve-se comunicar às autoridades" e admitiu ainda que as "autoridades devem atuar" e, neste caso, "atuaram nos termos da lei".
Confrontado com o facto de o ministro João Galamba, perante a comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP, ter revelado que falou com ele sobre o recurso ao Serviço de Informações e Segurança (SIS) na madrugada de dia 27, para a recuperação de um computador que estava na posse de Frederico Pinheiro, ex-adjunto do Ministério das Infraestruturas, António Costa reiterou que não teve conhecimento prévio dessa ação.
"Não tive conhecimento prévio, nem tinha de ter", assegurou, dando como exemplo o facto de os ministros da Administração Interna nunca terem conhecimento prévio das operações da PSP.
Em relação à controvérsia em torno dos seus contactos telefónicos com o ministro das Infraestruturas, António Costa referiu que o próprio João Galamba já disse que não lhe tinha atendido uma primeira tentativa de chamada, na noite de 26 de abril.
"Depois, eu mais tarde liguei-lhe e ele informou-me do ocorrido. Eu perguntei se era necessário fazer alguma coisa e ele disse-me que não. Disse-me que o caso já tinha sido comunicado ao SIS, à PJ e às autoridades e que tudo estava a correr", contou.
O primeiro-ministro defendeu depois a tese de que, no âmbito dos patamares superiores dos serviços do Estadio, "quando desaparece um documento classificado deve comunicar-se às autoridades, o que foi feito -- e muito bem feito".
"Em função da comunicação que as autoridades recebem, do contexto e da relevância que atribuem aos documentos, decidem se devem atuar -- e atuaram nos termos da lei", defendeu.
Já em relação à continuidade da secretária-geral do SIRP nessas funções, António Costa alegou que "tem uma carreira profissional impoluta, cuja credibilidade por ninguém é contestada" e lembrou que a sua escolha teve a concordância do maior partido da oposição, o PSD.
"Não vejo nenhuma razão para quem quer que seja ponha em causa a sua probidade", salientou numa alusão à embaixadora Graça Mira Gomes, antes de assinalar que, pela sua parte, também não tem qualquer razão para duvidar que os serviços de informações terão atuado fora do quadro da lei no caso da recuperação do computador que estava na posse de Frederico Pinheiro.
"Deixemos o Ministério Público trabalhar e fazer o seu trabalho", concluiu António Costa.
Quando questionado sobre as críticas que Aníbal Cavaco Silva fez ao Governo, António Costa acusou a direita de "querer criar uma crise política artificial".
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