Mais de um milhão de pessoas estão em isolamento obrigatório devido à Covid-19, no entanto, o Governo decidiu que estes eleitores podem votar presencialmente e recomendou que o façam num período específico, entre as 18h00 e as 19h00.

Para garantir a segurança sanitária do ato eleitoral e de todos os envolvidos, a Administração Eleitoral tomou várias medidas, "como a redução do número de eleitores inscritos por cada secção de voto para 750, e distribuiu mais de 100 toneladas de material sanitário pelas 308 câmaras municipais entre máscaras FP2 e cirúrgicas, álcool gel, batas, luvas e viseiras".

O deputado do PSD Luís Montenegro já exerceu o direito de voto. O antigo opositor de Rui Rio apelou a que todos os portugueses votem.

"Estamos numa situação que é especial com um número elevado de pessoas em isolamento", disse o ex-candidato à liderança do PSD. "Apesar dessa situação há condições de segurança para poderem vir votar."

O líder da Iniciativa Liberal já exerceu o direito de voto na Escola Marquesa de Alorna, em Lisboa, e deixou um apelo: "Espero que todos, mas mesmo todos, venham votar hoje. Não há desculpa. O tempo está bom e as condições de segurança estão reunidas".

"É um direito cívico importantíssimo", acrescentou João Cotrim Figueiredo. "Não deixem que outros decidam por vocês".

"Acho que todos os partidos fizeram uma campanha bastante esclarecedora. Há condições políticas para haver menos abstenção, mas as condições administrativas podiam ter sido melhores".

Para saber onde pode votar basta aceder ao site 

www.recenseamento.mai.gov.pt

Para saber onde pode votar basta aceder ao site www.recenseamento.mai.gov.pt ou enviar SMS grátis para 3838 (escrevendo RE espaço nº de BI ou CC espaço Data de Nascimento no molde AAAAMMDD).

Em alternativa pode dirigir-se à Comissão Recenseadora que funciona na junta de freguesia da sua área de residência, junto das Câmaras Municipais (CM).

Todas as assembleias de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 08h00, no continente e Madeira, sem registar quaisquer incidentes durante a primeira hora, revelou o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

"Não houve incidentes até ao momento", afirmou o porta-voz num balanço à agência Lusa uma hora após a abertura das assembleias de voto.

Nos Açores, as mesas de voto abriram e vão encerrar uma hora depois em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

A líder bloquista exerceu o direito de voto em Vila Nova de Gaia. "Quero apelar a que toda a gente venha votar", defendeu Catarina Martins. "A abstenção não é solução. A abstenção é deixar que decidam por nós".

"Fazer um apelo a que toda a gente que está isolada com Covid venha votar, porque tem esse direito, foi decidido que tinha esse direito", acrescenta.

O líder do CDS exerceu o direito de voto numa escola básica do Lumiar, em Lisboa. Sobre os resultados eleitorais, Francisco Rodrigues dos Santos admite estar "confiante e otimista".

Apelou a que os eleitores "votam com razão e com o coração" e que "vençam o medo e combatam a abstenção".

"Hoje é um dia muito importante para a democracia", disse a porta-voz do PAN aos jornalistas.

Inês de Sousa Real exerceu o direito de voto em Lisboa e deixou o apelo a que todos os portugueses votem. "Existem todas as condições de segurança nas mesas de voto", assegura.

O líder comunista já exerceu o direito de voto em Santa Iria da Azóia. Jerónimo de Sousa apela a que as pessoas venham votar "com tranquilidade", relembrando que "foram tomadas medidas especiais".

"Votem, não se esqueçam. Votar é um ato seguro", apela o secretário-geral do PCP.

O líder do PSD já votou na Escola do Bom Sucesso, no Porto. Quanto aos resultados eleitorais Rui Rio afirma que está "tranquilo": "Fizemos tudo aquilo que tínhamos a fazer e agora é aguardar".

Em relação às condições de segurança no local de voto, o presidente do PSD elogiou a organização: "Mais seguro não me podia sentir. Só tinha duas pessoas à minha frente".

"Queria fazer um apelo para que as pessoas votem. Para o País é bom se votarem muitos", acrescenta.

O secretário-geral do PS, que exerceu o direito de voto antecipadamente, aproveitou para falar aos jornalistas enquanto acompanhava a mulher às mesas de voto e passeava os cães.

"Só tenho um discurso para logo à noite", afirmou António Costa. "Estou sereno, tranquilo e confiante".

O atual primeiro-ministro apelou ainda que "todas as pessoas participem neste momento de festa da democracia", reforçando que, mais do que nunca, "estas eleições são mesmo decisivas".

A afluência dos eleitores às urnas até às 12h00 é de 23,7%, o que representa um aumento de 4,44% face às eleições de 2019 (18,83%).

O Presidente da República exerceu o direito de voto em Celorico de Basto. Sobre o indicador de afluência às urnas até ao 12h, maior do que em 2019, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que "é bom se for assim até ao fim".

"Os portugueses são muito conscientes", acrescenta. "Ninguém tem de ter medo do voto dos portugueses porque isso é ter medo da democracia."

Questionado se considera que a decisão de dissolver o Parlamento foi a mais acertada, Marcelo respondeu que "o que está feito, está feito" e que "é preciso olhar para o futuro.

O líder do Chega mostrou-se confiante de que a abstenção será menor, afirmando que os portugueses perceberam "a importância destas eleições" e apelando para que se desloquem às urnas.

"Acho que os partidos, o senhor Presidente da República, todos fizemos a nossa parte para dizer às pessoas que tinham de vir votar, que é seguro vir votar -- que é um dever, mas que era seguro também -- e sinto que as pessoas querem ter uma palavra sobre o futuro e perceberam a importância que estas eleições têm. Por isso, até sinto que podemos ter menos abstenção", afirmou André Ventura.

Mais de 4,9 milhões de eleitores tinham votado este domingo até às 16h00 nas eleições legislativas, representando 45,66% dos 10.820.337 eleitores inscritos, revelou o Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o MAI, até ao meio-dia já tinham votado 23,27% dos eleitores inscritos, ou mais de 2,5 milhões de pessoas.

Nas últimas eleições legislativas, realizadas em 06 de outubro de 2019, antes da pandemia, tinham votado mais de 4,17 milhões de pessoas até às 16h00, representando 38,59% dos eleitores então inscritos.

Já nas eleições autárquicas de 26 de setembro de 2021, a afluência às urnas até às 16:00 situava-se em 42,34%, segundo dados do MAI.

A projeção da CMTV indica que existirá uma abstenção entre os 47% e os 50% para as eleições Legislativas.

O líder do PSD, Rui Rio, já chegou à sede do partido e admitiu "está tudo em aberto".

Um grupo de manifestantes, alegadamente negacionistas e contra a alteração da constituição, está este domingo a realizar um protesto nas imediações da sede de campanha do PS.

A polícia foi obrigada a travar a aproximação das várias dezenas de pessoas que ali se encontravam. O grupo foi colocado numa rua paralela ao Hotel Altis, sede de campanha do Partido Socialista.

A chegada de António Costa à sede de campanha deverá acontecer nos próximos momentos.

António Costa já chegou à sede de campanha do PS, no Hotel Altis, em Lisboa, e comentou a possibilidade de uma maioria absoluta: "Não tenho crenças".

Costa enalteceu a afluência às urnas e a realização do ato eleitoral que decorreu, até agora, sem qualquer problema.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enalteceu este domingo o trabalho de todos os meios de comunicação social durante o processo eleitoral e afirmou mesmo que a "comunicação social deu força à democracia".

Marcelo Rebelo de Sousa, que votou em Celorico de Basto, está agora no Clube de Jornalistas.

Urnas fechadas, votos a serem contados e uma (grande) decisão cujo anúncio está por horas: enquanto se aguardam os resultados oficiais, os políticos, assim como todos os portugueses, fazem contas às projeções e sondagens, cujos resultados já são conhecidos.

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Em dia de vencedores e vencidos, as projeções vêm já dar o mote ao que será a noite eleitoral. Conhecidas as primeiras sondagens à boca da urna, no PS já se vai fazendo alguma festa, assim como na sede de campanha do IL.

Na sede de campanha do Bloco a apreensão era notória, mas pediu-se para que se aguardem os resultados oficiais.

O líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, assumiu este domingo que as projeções são "más notícias" e dão conta de uma derrota eleitoral do BE, considerando que a "bipolarização forçada" teve "sucesso na criação de um voto útil à esquerda".

"Creio que todos viram as projeções que assistimos, elas dão conta de más notícias, de uma derrota do Bloco de Esquerda, mas de uma noite também que ainda será longa", disse Pedro Filipe Soares numa primeira reação desde o quartel-general do BE para esta noite eleitoral, o Capitólio, em Lisboa.

O dirigente comunista Jorge Pires considerou que a "fortíssima bipolarização artificial" entre PS e PSD prejudicou a votação da CDU, acrescentando que as primeiras projeções dos resultados das legislativas não correspondem ao trabalho desenvolvido pela CDU.

"Tudo indica que estas eleições dão um resultado muito expressivo ao PS e isto, num quadro de uma fortíssima bipolarização artificial, como demonstram os resultados do PSD, serviu, sobretudo, para prejudicar a votação da CDU", disse o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.

Cerca de uma centena de apoiantes socialistas começaram este domingo a gritar "vitória", no hotel onde o PS acompanha e evolução dos resultados das eleições legislativas, com a divulgação das projeções por parte das televisões.

As projeções dos resultados eleitorais das televisões SIC, RTP e TVI/CNN apontam todas para um triunfo do PS por larga margem em relação ao PSD nestas eleições legislativas.

"De quem o povo gosta, António Costa" e "quanto mais a luta aquece mais força tem o PS" foram algumas das palavras de ordem gritadas pelos apoiantes deste partido, muitos deles membros da JS.

Quando chegou ao Hotel Altis, por volta das 19:00, para acompanhar a evolução dos resultados, o secretário-geral do PS salientou que se deverá assistir nestas eleições a uma redução da abstenção face às legislativas de 2019 e que houve uma elevada mobilização dos portugueses que "perceberam" a importância deste ato eleitoral.

Perante os jornalistas, o secretário-geral do PS recusou-se a antecipar cenários sobre o resultado das eleições legislativas antes do fecho definitivo das urnas, mas afirmou que, se vencer, irá trabalhar "com aquilo que for a vontade dos portugueses".

"Eu não sou comentador, portanto não tenho que fazer cenários. Eu trabalharei com aquilo que for a vontade dos portugueses, e essa respeitarei e aguardei serenamente que ela seja conhecida", afirmou António Costa.

O secretário-geral do Chega, Pedro Pinto, deu este domingo como certo que não haverá um Governo de direita sem o partido, considerando que cumpriu os seus objetivos, numa reação às projeções dos resultados eleitorais avançadas pelas televisões.

As projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC, TVI e CMTV dão a vitória ao PS nas eleições legislativas de hoje, com entre 36,6% e 42,6% dos votos, seguindo-se o PSD, com entre 26,7% e 32,7%.

A pouco e pouco já vão havendo deputados eleitos, à medida em que vão sendo apurados os resultados oficiais das legislativas. 

O CM preparou-lhe um parlamento virtual, onde pode ver os deputadas já eleitos por cada partido, conhecê-los ao pormenor e ver as suas fotografias e páginas de redes sociais.

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O cabeça de lista pelo Porto do Livre, Jorge Pinto, reagiu este domingo às primeiras projeções dos resultados das legislativas, dizendo que o partido aguarda por resultados finais, esperando uma maioria de esquerda na qual quer ser "força de somar".

"Aquilo que nós queremos é ver os resultados finais e ver se há ou não uma maioria [de esquerda] progressista, plural, onde o Livre será sempre força de somar, força de diálogo, proposta e de compromisso", declarou Jorge Pinto, na Casa do Alentejo, em Lisboa.

O presidente do Chega, André Ventura, manifestou-se este domingo satisfeito com os resultados do partido apontados pelas primeiras projeções das televisões, mas lamentou a vitória do PS, que disse ser má para o país.

"Positivo para o Chega, mau para o país se António Costa voltar a ser primeiro-ministro. Vamos aguardar a evolução das votações", disse André Ventura.

O vice-presidente do CDS-PP Pedro Melo defendeu este domingo que a vitória do PS nas eleições legislativas "implica uma reflexão de toda a direita" e apontou que será necessário aguardar pelo resultado do partido, considerando "muito prematuro" retirar conclusões.

"Se se verificar uma vitória da esquerda será a terceira consecutiva e, obviamente, implica uma reflexão de toda a direita. Nós, de resto, prevenimos para isso mesmo, mas os deputados do CDS continuarão fazer um trabalho para marcar as nossas cores e para fazer uma oposição forte e consistente e coerente, como sempre temos feito", afirmou.

O dirigente socialista Duarte Cordeiro afirmou este domingo que, a confirmarem-se os números das projeções televisivas sobre os resultados das eleições legislativas, o triunfo do PS significará uma vitória da humildade, da confiança e pela estabilidade política.

Esta posição foi transmitida por Duarte Cordeiro, diretor de campanha e líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL do PS, na primeira reação dos socialistas às projeções divulgadas pelas televisões sobre os resultados das eleições legislativas.

O dirigente do PAN Ricardo Vicente evitou este domingo comentar as projeções que colocam o partido num intervalo entre 0,2% a 3,7% nas legislativas, sublinhando que se aguarda "serenamente" os resultados finais das eleições.

"O apuramento final dos resultados ainda é prematuro. É verdade que temos sondagens, que já dão uma tendência de voto, mas é importante não esquecer que as sondagens, por vezes, não refletem o sentido de voto dos portugueses", afirmou.

O PS venceu no distrito de Guarda nas eleições legislativas, com 45,10% dos votos e 2 deputados eleitos, quando estão apuradas as 242 freguesias.

O PS venceu no distrito de Bragança nas eleições legislativas, com 40,30% dos votos e 2 deputados eleitos, quando estão apuradas as 226 freguesias. O PSD ficou em segundo lugar, com um deputado eleito e 40,2% dos votos.

O PS venceu no distrito de Beja nas eleições legislativas de hoje, com 43,73% dos votos e 2 deputados eleitos, quando estão apuradas as 75 freguesias.

O PS venceu no distrito de Portalegre nas eleições legislativas, com 47,21% dos votos e 2 deputados eleitos, quando estão apuradas as 69 freguesias.

O PS venceu as eleições legislativas no distrito de Viseu, com 41,55% dos votos e quatro deputados eleitos, quando estão apuradas as 277 freguesias.

A vitória é francamente expressiva em território em que habitualmente o PSD vence.

O PS venceu no distrito de Viana do Castelo nas eleições legislativas, com 42,06% dos votos e 3 deputados eleitos, quando estão apuradas as 208 freguesias. O PSD obteve 34,1% dos votos e elegeu três deputados.

Jerónimo de Sousa reagiu este domingo à derrota do PCP/PEV nas legislativas num discurso em que, se por um lado apontou dedo ao PS, também deixou o piscar de olho a uma eventual "convergência" dos socialistas com os comunistas.

"O PS ambicionando maioria absoluta, em conivência com o PR, precipitou a realização de eleições. Este resultado, a partir de uma extrema promoção da bipolarização, beneficiou o PS, apesar da sua fuga às questões que lhe coloca o País", acusou o comunista.

"O PS tem na mão a opção de fazer acordos com o PSD, ou convergir com a CDU para responder às necessidades do país", admitiu Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP prometeu o "compromisso de sempre com os trabalhadores e todos os portugueses" e adiantou que convergência com PCP tem de passar sempre com aumento dos salários aumento de pensões e prestações sociais, reforço do SNS, entre outras bandeiras do partido já apresentadas ao então Governo socialista.

Ainda, Jerónimo de Sousa nega que vá abandonar a vida política.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, assumiu este domingo a "derrota" nas legislativas e lançou-se ao ataque ao Chega

"O resultado do BE é um mau resultado, é uma derrota. A estratégia do PS de criar uma crise artificial para ter uma maioria absoluta, ao que tudo indica foi bem-sucedida"

"Convivemos com uma campanha muito difícil. É um dia difícil, saberemos responder ao nosso mandado, ao nosso País", ragantiu a bloquista

"É um mau resultado pelo resultado que teve a extrema-direita e o Chega. É aquém do que teve nas presidenciais, mas cada deputado racista eleito no parlamento português é um deputado a mais", atirou.

"Sabemos das nossas lutas e razões, a luta pelo SNS a luta pelo salário digno não fica mais fácil, mas não ficará por responde com este resultado", deixou como compromisso.

O PS manteve este domingo os dois mandatos no círculo eleitoral de Portalegre, o que menos elege no país, alcançando a vitória nos 15 concelhos, incluindo o de Avis, bastião histórico do PCP

Em Avis, a CDU perdeu pela primeira vez na história para o PS, sendo este concelho considerado um bastião do PCP, partido que conquistava sempre o município desde as primeiras eleições autárquicas e legislativas, após o 25 de Abril de 1974.

O deputado comunista João Oliveira, no parlamento desde 2005, falhou a eleição para a Assembleia da República nas legislativas deste domingo pelo círculo de Évora, segundo os resultados oficiais divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

O PS é o partido mais votado com 41,85% dos votos e 96 mandatos nas eleições legislativas, quando estavam apurados os resultados provisórios em 3.054 das 3.092 freguesias.

Rui Rio, presidente do PSD assumiu a derrota do partido nas legislativas e felicitou o PS pela vitória, abrindo no entanto a porta à sua demissão do partido, num caso de maioria absoluta do PS.

"Tivemos diretas, congresso, legislativas, e os militantes estiveram sempre presentes, isto é que faz a grandeza do PSD", começou por destacar Rio.

"Apresentámos um grande programa eleitoral, do qual me orgulho de ter sido o líder", afirmou o social-democrata, aproveitando para dizer que já tinha parabenizado António Costa pela vitória.

"Fizemos uma campanha que eu considero excelente. Nós ficámos com resultado substancialmente abaixo do que pensamos que íamos ter. Mas fizemos o nosso orçamento, que mesmo com este resultado não há qualquer défice, qualquer dívida", brincou Rui Rio, mandando uma 'boca' ao PS.

"O resultado eleitoral resume-se: o PSD teve mais votos em quase todos os distritos, mas houve mais voto à esquerda, a esquerda mobilizou-se e à direita isso não aconteceu, não houve essa união ao PSD", lamentou.

"Temos que dar os parabéns a quem ganhou. A direita dispersou-se e temos este resultado. O PSD é obviamente o grande vencedor da noite", admitiu.

No final do discurso, em alemão, deu a entender a saída de presidente do PSD no caso de maioria absoluta: "Não vejo como posso ser útil", disse.

O PS venceu no distrito do Porto nas eleições legislativas, com 42,53% dos votos e 19 deputados eleitos, quando estão apuradas as 243 freguesias.

O círculo eleitoral de Évora, onde o PS foi o partido mais votado e o PSD reconquistou um mandato de deputado, ficou este domingo sem qualquer parlamentar comunista, pela primeira vez desde as primeiras eleições democráticas.

Segundo os resultados das eleições legislativas deste domingo, João Oliveira, que era deputado à Assembleia da República desde 2005, eleito por Évora, e líder da bancada parlamentar comunista desde 2013, não conseguiu, assim, ser eleito para o parlamento.

O PS venceu as eleições legislativas na Região Autónoma dos Açores, com 42,84% dos votos e 3 deputados eleitos, quando estão apuradas as 156 freguesias.

André Ventura assinalou a noite como uma de vitória para o Chega, no balanço ao final da noite. "Que grande noite, o Chega prometeu e cumpriu, somos a terceira força política em Portugal", começou por assinalar.

"Em sondagem davam-nos empatados, estamos a mais de 100 mil votos do quarto lugar nestas eleições", disse.

"Diziam que vinha aí o fascismo, a extrema-direita, o povo português não se deixou ficar, não se deixou enganar. Fez-se ouvir e disse que quer o Chega como solução. À hora que vos falo não sei se a vitória do PS será por maioria absoluta, espero que não por Portugal. Portugal merecia mais esta noite, mas a direita não soube estar á altura das suas responsabilidades. Passou o tempo todo a dizer que não fazia acordos com o chega, com o Chega não, mas afinal com o Chega sim!", gritou Ventura perante aplausos.

"Eu vou atrás de ti agora", disse sobre Costa ao mesmo tempo que acusou o PSD "de não fazer o seu trabalho".

"Tudo será diferente no parlamento. Não será mais oposição fofinha a PS e Costa, e não será um em 230, serão 10, 11, 12, 13 ou 14 em 230", disse, recordando que na última legislatura foi o único deputado do partido.

"Se o PS acha que vai ter a vida facilitada, nós vamos transmitir a mensagem oposta. O que não foi feito nos últimos seis anos, começará já amanhã", terminou.

João Cotrim Figueiredo celebrou os bons resultados da IL ne destacou que os portugueses "reduziram a taxa de abstenção, obrigado por esta lição".

"Só dois partidos podem cantar vitória, um preocupa-nos que é a eventual maioria absoluta do PS", disse o responsável do partido, adiantando que já tinha falado com o secretário-geral do PS.

"Falei com António Costa: dei-lhe os parabéns e disse-lhe que contará com oposição firme no parlamento", revelou.

"É possível ganhar votos sem ser populista, sem ser extremista e essa é a vitória que fixámos", terminou Cotrim Figueiredo.

Rui Tavares, fundador do Livre, destacou a conquista do partido em dia que assinala o seu oitavo aniversário.

"Vamos comemorar o oitavo aniversário do livre com o regresso à AR, para ficar, para sermos os representantes da esquerda verde europeia", afirmou Rui Tavares.

António Costa fez o discurso da vitória no Altis Belém, visivelmente agradado com a maioria absoluta e prometeu que esta será "de diálogo"

"Tenho que reconhecer que esta noite é muito especial para mim. Depois de seis anos como primeiro-ministro, depois de dois anos de combate à pandemia, é com muita emoção que assumo esta responsabilidade que os portugueses me confiaram", começou por dizer.

"Esta foi uma vitória da humildade, da confiança e pela estabilidade. Não obstante as restrições que a pandemia nos impõe, a verdade é que a abstenção baixou", disse, destacando que é prova do "extraordinário civismo dos portugueses"

"O povo votou e o PS ganhou. Os portugueses confirmaram hoje o que já tinham dito há dois anos, desejam um Governo do PS para os próximos quatro anos. Mostraram cartão vermelho à crise política, querem estabilidade e rumo certo", defendeu.

Costa destacou a "enorme responsabilidade pessoal" para cultivar consensos na Assembleia da República e sublinhou: "Uma maioria absoluta não é o poder absoluto. Não é governar sozinho. Esta maioria será uma maioria de diálogo".

Numa altura em que já estão apurados 99,07% dos votos, fica notório que o CDS-PP, com apenas 1,61% dos votos, não elege nenhum deputado.

É a primeira vez na história do partido que este não tem assento parlamentar, no dia em que os centristas têm a sua maior derrota.

Francisco Rodrigues dos Santos assumiu responsabilidade pela derrota do CDS-PP nas legislativas e apresentou a demissão do partido, que pela primeira vez em 47 anos está fora do parlamento.

"Não podia deixar de agradecer a todos os portugueses que confiaram o seu voto ao CDS", disse agradecendo a todos os militantes envolvidos na campanha.

"Sei bem com quem contei, e com quem contou o partido, ao longo de 50 anos de história", afirmou 'Chicão', considerando que estas foram as eleições mais exigentes, "o primeiro teste de vida" ao partido.

O líder do CDS-PP emocionou-se ao falar do resultado: "É mau porque confirma o caminho do socialismo para Portugal, do qual o CDS foi sempre opositor. Quero dizer que é um mau resultado para o CDS que ao final de 47 anos perde a sua representação parlamentar. Perde-o por múltiplas razões"

"Quero assumir a responsabilidade por estes resultados. O meu partido será sempre o CDS, mas deixei de ter condições para liderar o CDS", afirmou Rodrigues dos Santos.

A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês de Sousa Real, assumiu o "mau resultado" alcançado pelo partido nas eleições legislativas de domingo e adiantou que a direção vai ter que fazer uma "reflexão interna" sobre a estratégia.

"É um mau resultado que assumimos e que a direção terá que fazer a sua reflexão interna em relação à estratégia que queremos desenvolver para o futuro do partido e do país", afirmou Inês de Sousa Real, a única eleita do partido nestas eleições.

A líder do PAN discursava na sala Fernando Pessoa do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, o quartel-general do PAN para a noite eleitoral, pouco depois de chegar a confirmação de que tinha sido eleita para a Assembleia da República.