Luís Montenegro falava na sessão de abertura da conferência "Capital Markets Day", na Culturgest, em Lisboa.
O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que o seu Governo tem sido capaz de superar previsões macroeconómicas de diferentes instituições e manifestou-se convicto de que irá derrotar as "resistências ao otimismo" e alcançar um novo excedente orçamental em 2026.
Luís Montenegro falava na sessão de abertura da conferência "Capital Markets Day", na Culturgest, em Lisboa, discurso em que iniciou em inglês.
Perante uma plateia com muitos investidores internacionais, o líder do executivo advogou a tese de que Portugal apresenta uma "situação de praticamente pleno emprego, com níveis da taxa de desemprego historicamente baixos em torno dos 6%".
"Temos previsto superávite orçamental no final deste ano, de 2025, e também em, 2026, apesar de todas as dificuldades e desafios orçamentais", declarou. Um superávite que estimou em 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2026 e que, em relação a esse indicador, reconheceu haver dúvidas.
"Há quem tenha expectativas um pouco mais comedidas do que aquelas que o Governo tem apresentado e a economia não é uma ciência exata, porque a perspetiva orçamental está sempre baseada em pressupostos", admitiu.
No entanto, de acordo com Luís Montenegro, "sem nenhum tipo de arrogância, com os pés bem firmes, sabendo o caminho que está a pisar e a percorrer", referiu que o seu Governo tem superado os objetivos.
"Apresento esse crédito como uma sustentação de que, em 2026, apesar de todos os avisos e todas as opiniões em sentido diverso, vamos mais uma vez surpreender e superar essas resistências em termos de otimismo", concluiu.
Ainda de acordo com o primeiro-ministro, em termos de dívida pública, Portugal tem registado um percurso "absolutamente notável".
"Estamos convencidos que será inferior a 88% do nosso PIB no final de 2026, o que revela uma trajetória, um esforço de facto notáveis, que, perdoem-me os nossos convidados estrangeiros, faz corar de admiração muitos daqueles que duvidaram das nossas decisões", comentou.
Depois destes elogios à trajetória da economia portuguesa, o primeiro-ministro colocou entre os principais desafios do país a questão da segurança. Embora sem especificar outros países, disse que alguns deles secundarizaram esta dimensão e estão agora a ser penalizados por isso.
"A segurança é também um fator de competitividade económica, sendo desde logo um elemento fundamental à qualidade de vida de qualquer cidadão. Mas é também um ativo económico e é por isso que este Governo tem vindo a dar prioridade a uma situação que nunca está garantida", justificou.
Luís Montenegro afirmou depois que, "por cortesia", não iria mencionar na sua intervenção outros países europeus.
"Há países na Europa que há poucos anos tinham uma performance em termos de índice de segurança muito equivalente àqueles que nós temos em Portugal e hoje estão muito distantes - e para pior. Os fenómenos de insegurança de determinados segmentos de criminalidade foram subestimados e, tendo sido subestimados lá atrás, têm agora uma dificuldade acrescida hoje para serem combatidos. Nós não queremos subestimar os sinais que temos de preocupação para garantir que continuamos a ser um dos países mais seguros do mundo", acrescentou.
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