Candidato à liderança do PSD afirmou ainda que tem "a maior das admirações" por Pedro Passos Coelho.
Paulo Rangel, o candidato à liderança do PSD, disse esta segunda-feira em entrevista que tem "a maior das admirações" por Pedro Passos Coelho, com quem continua a ter uma relação próxima.
Ainda assim, não lhe pediu conselhos para se candidatar à liderança do partido e não sabe se sequer se Passos Coelho o apoia.
Paulo Rangel afirmou também que o Orçamento de Estado proposto para 2022 é "um mau orçamento", que se centra apenas na bazuca, e disse que o PSD não o poderá aprovar mesmo que esteja em causa ajudar o país. "Não compete ao PSD aprovar o Orçamento do Estado e este é mau", disse.
Em declarações à TVI, Rangel vincou que existe a necessidade de "manter o PSD unido" e que esse é o "primeiro eixo" da sua candidatura.
Convicto de que não existirá nenhuma crise política no país, Paulo Rangel avança contudo que está preparado para vencer as eleições "sejam elas quando forem".
"Não há nenhum risco de uma eleição feita no PSD nesta altura não permitir que o partido tenha um candidato forte a legislativas se elas se dessem em início de fevereiro, meados de fevereiro ou até março", defendeu.
Paulo Rangel invocou os precedentes das dissoluções em 2002, 2004/2005 e 2011 para considerar que este calendário não só "não era inédito, como era o normal".
"Em todos esses casos, o Presidente primeiro ouviu os partidos, como é sua obrigação constitucional, depois ouviu o Conselho de Estado, depois anunciou que ia dissolver, depois a publicação demorou um mês a fazer porque se quis dar espaço para que os partidos se organizassem para eleições", disse.
No entanto, na semana passada, quando admitiu um cenário de eleições antecipadas perante a ameaça de chumbo do Orçamento por parte de BE e PCP, o atual Presidente da República apontou para outro calendário.
Marcelo Rebelo de Sousa estimou que as eleições legislativas antecipadas se realizariam em janeiro, que o novo Governo tomaria posse em fevereiro e que só haveria Orçamento em abril e realçou que neste período haveria uma "paragem em muitos fundos europeus".
Na quinta-feira, o Conselho Nacional do PSD chumbou uma proposta da direção para que o calendário eleitoral interno fosse suspenso até se esclarecer se o Orçamento do Estado é ou não aprovado, por 71 votos contra e 40 a favor, e agendou diretas para 04 de dezembro e congresso para entre 14 e 16 de janeiro.
Mesmo assim, o candidato à liderança do PSD diz que não está disponível para uma possível coligação com o Chega, uma vez que o partido "não faz parte da direita moderada".
Indo mais longe, Paulo Rangel confirma que se a chegada ao poder depender do Chega, o PSP "nunca" se coligará "com um partido radical".
Com a promessa de ser um "presidente muito presente", o candidato afirma que se for líder do PSD irá utilizar "o gabinte" e reunir-se para "conversar com os deputados".
Paulo Rangel reforçou também que não irá mais falar da sua vida pessoal, acreditando que não deveria ser necessário no século XXI assumir a sua homossexualidade. Ainda assim, também não vê "problema nenhum nisso".
Questionado se ficaria surpreendido se Rio não se recandidatasse à liderança do partido, Rangel afirmou não ter estados de alma sobre essa matéria.
"Tenho um enorme respeito pessoal e político pelo dr. Rui Rio, que conheço há 20 anos, qualquer decisão que tome respeitarei com enorme recato. Se for candidato terei o maior gosto em disputar eleições com ele", disse, acrescentando não ter "uma visão pessoal da política"
Sobre o que o distingue do atual presidente - que apoiou nas diretas de há dois anos -, Paulo Rangel apontou a falta de esforço de "agregação" das várias tendências no partido, não convidando adversários como Luís Montenegro ou Miguel Pinto Luz para integrarem órgãos nacionais em 2020, e a forma de oposição ao Governo, que "tem de ser mais firme, mais visível, mais assertiva".
"Não é uma questão de tom de voz: quando há um líder do partido que resolve acabar com os debates quinzenais, estamos a falar de formas de conceção da democracia. Como é que o maior partido da oposição, com o Governo de António Costa que tem instintos controleiros em certas áreas de forma preocupante, aceita perder o principal instrumento de escrutínio parlamentar?", questionou.
As eleições diretas para escolher o presidente do PSD estão marcadas para 04 de dezembro e o Congresso irá decorrer entre 14 e 16 de janeiro e Paulo Rangel é, por agora, o único candidato anunciado.
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