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Da Operação Lex ao Saco Azul: Os casos de justiça que marcam o percurso de Luís Filipe Vieira

Presidente do Benfica foi esta quarta-feira detido no processo 'Cartão Vermelho' que investiga crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento.

08 de julho de 2021 às 16:18

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido esta quarta-feira na sequência do processo 'Cartão Vermelho' que investiga crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento. Mas Vieira é já um velho conhecido dos tribunais e continua a ser arguido em duas outras operações: Lex e Saco Azul.Luís Filipe Vieira esteve ainda ligado ao processo do Banco Português de Negócios (BPN) e viu arquivados os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.Operação LexO líder dos encarnados é um dos 17 arguidos no caso conhecido como Operação Lex, que investiga prática de crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal, branqueamento e recebimento indevido de vantagem.Vieira está acusado de oferta indevida de vantagem por ter oferecido bilhetes e viagens a Rangel (entretanto expulso da magistratura). Os crimes terão sido praticados em negócios efetuados a partir de 2014. Em troca, diz o Ministério Público, Vieira pretendia a ajuda do então magistrado para resolver um processo fiscal pendente em Sintra.Saco AzulTanto o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, como a SAD dos encarnados foram constituídas arguidas pelo MP na Operação Saco Azul, que investiga o crime de fraude fiscal.Estão em causa duas sociedades da área de informática que, a coberto de uma alegada prestação de consultoria ao Benfica, realizaram várias transferências bancárias para uma conta titulada por uma outra sociedade. O montante ultrapassa 1,8 milhões de euros, dinheiro esse que foi levantado em numerário, de forma mais ou menos regular e durante pelo menos um ano. Foi essa rota do dinheiro vivo que levou a Judiciária aos encarnados.O Ministério Público, quando ouviu Luís Filipe Vieira, referiu que o clube se apropriou de cerca de 600 mil euros, em IRC e IVA. Defenderam que os serviços nunca foram prestados e a rota de 1,8 milhões permitiu imputar custos ao Benfica, de forma a deduzir as suas contribuições fiscais.Este processo, que nasceu em 2017 a partir de uma denúncia anónima, já tinha levado em 2018 à realização de buscas no Estádio da Luz. Foram depois feitas perícias financeiras na Polícia Judiciária e só agora a investigação foi dada como terminada.Cartão VermelhoLuís Filipe Vieira, presidente do Benfica, foi esta quarta-feira detido num inquérito-crime por suspeitas da prática de vários crimes em negócios ligados ao futebol de valor superior a 100 milhões de euros.Vieira foi detido para evitar a fuga do País, e é suspeito de ter desviado em seu proveito cerca de 2,5 milhões de euros das transferências de três jogadores do Benfica. Com esta detenção, Vieira poderá ser forçado a abandonar a presidência do Benfica.O presidente das águias e os restantes três arguidos são suspeitos da prática de crimes como abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento. Os crimes terão sido praticados em negócios efetuados a partir de 2014.

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