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Engenheiro teve alta psiquiátrica antes de assassinar a mulher na Azambuja

Daniel Santos foi internado em meados de novembro com “quadro psicótico”.

10 de dezembro de 2018 às 01:30

Internado compulsivamente em psiquiatria em meados de novembro, primeiro em Lisboa e depois em Vila Franca de Xira, Daniel Santos, o psicótico que sexta-feira matou a mulher à facada em Azambuja, era um "fator de perigo para bens de natureza pessoal e patrimonial", soube dos peritos em saúde mental o juiz do Tribunal Criminal de Lisboa que, dia 16, manteve o homem hospitalizado de urgência.

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Psicótico mata mulher à facada na Azambuja

No despacho, a que o CM teve acesso, é citado o relatório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Daniel, 42 anos, apresentava "quadro psicótico caracterizado por delírio persecutório e envenenamento, não apresentando crítica para a doença e recusando tratamento/internamento".

O homem acreditava que a mulher, Sandra, 41, o traía e lhe metia veneno de ratos no tabaco, em conluio com a sogra. A GNR da Azambuja recebeu a ordem, dia 16, para notificar Sandra do internamento. No dia 22 o Tribunal de Alenquer, já com o caso por ser da área de residência, deu 5 dias ao hospital para nova avaliação por dois psiquiatras que não os que fizeram o internamento de urgência.

Documentos

E no dia 26 o juiz de Alenquer remeteu à GNR novo despacho para Sandra, com um prazo de 5 dias para esta requerer "o que tiver por conveniente" em relação a Daniel.

Apesar de todos os riscos, o homem teve alta clínica, em circunstâncias ainda por apurar. Os técnicos de saúde e a Justiça soltaram-no e ele voltou para casa. Psicótico, às 22h50 de quinta- -feira, foi à GNR da Azambuja queixar-se de violência doméstica: tinha dores no peito porque a mulher o envenenava.

Sexta à tarde, sabendo da doença mental do homem, a GNR foi à moradia ver como Sandra estava. Daniel foi levar os dois filhos do casal, de 8 e 12 anos, à avó e no regresso matou a mulher com várias facadas quando esta fazia o jantar.

Grávida sovada recebe botão de pânico

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Homem agride companheira grávida de 9 meses e é travado por PSP de folga

A grávida de 37 semanas agredida pelo marido na rua, em Alverca, a semana passada, deverá receber entre hoje e amanhã o equipamento que permitirá o alerta caso o agressor viole a medida de coação de proibição de contactos e de se aproximar da vítima.

A mulher, de 32 anos, foi agredida na rua. O marido, Luís Santos, de 28, fica sujeito a vigilância eletrónica. Foi travado e detido por um PSP que estava de folga.

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Engenheiro teve alta psiquiátrica antes de assassinar a mulher na Azambuja

Vigilância eletrónica protege 696 vítimas

A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais protege, através de vigilância eletrónica à medida de coação de proibição de contactos, 696 vítimas de violência e outros tantos agressores, num total de 1392 pessoas, assegurou ao CM. O sistema não obriga a uma avaliação da habitação, uma vez que não se trata de uma prisão domiciliária.

Ou seja, pode circular livremente desde que não se aproxime ou contacte a vítima. Os equipamentos - pulseira eletrónica e unidade de posicionamento móvel para o agressor e um botão de pânico para a vítima - são entregues "separadamente" a cada um. Devem andar sempre com os sujeitos.

De acordo com a direção-geral, "os serviços de vigilância eletrónica apenas tomam conhecimento da localização das partes quando ocorre uma interceção das zonas de exclusão".

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