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“Era forte e resistiu à morte”, diz irmã de triatleta assassinado

Júlia Grilo diz que desconfia de tudo e de todos, mas defende a cunhada, Rosa.

02 de setembro de 2018 às 01:30

"O meu irmão era forte. Certamente resistiu ao ataque que o levou à morte." Palavras cheias de mágoa de Júlia Grilo, a irmã mais velha do triatleta assassinado, proferidas dois dias depois do funeral de Luís Miguel Grilo. Júlia não sabe quem cometeu o crime. Desconfia de tudo e de todos.

Pouco mais de uma semana depois de o corpo de Luís Grilo ter sido encontrado perto de Avis – a mais de 130 km do local onde foi visto pela última vez, em Casais da Marmeleira, Alenquer –, a morte do triatleta continua a ser uma incógnita.

Para a irmã da vítima, o crime pode ter várias explicações. Uma delas passa pela possibilidade de ter sido um roubo. Embora nada tenha sido roubado e o telemóvel e o dinheiro que Luís levava tenham sido recuperados.

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“Era forte e resistiu à morte”, diz irmã de triatleta assassinado

Júlia quer que o pesadelo acabe e que rapidamente se faça justiça. "Espero que seja alguém preso. Que se saiba o que aconteceu. Para termos paz", disse, emocionada ao CM.

A única certeza que a irmã da vítima parece ter é uma confiança quase cega na cunhada (ou nora, como lhe chama). Diz que tem a certeza que aquela não cometeu o crime: "Desconfio de todos, é normal. Mas conheço a Rosa desde os 13 anos, sei que ela não cometeu o crime." Diz até que o casamento era "perfeito": "Continuavam apaixonados como quando se casaram. Eram felizes."

Mesmo assim, Júlia não sabe o que aconteceu. Também não viu o irmão no dia 16 de julho, dia em que ele desapareceu. Ao CM, confirma que foi levar o sobrinho menor a casa dos pais, mas que o irmão já tinha saído.

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Tese de crime passional ganha força na morte do triatleta de Alenquer

SAIBA MAIS

Morte por esclarecer

A causa da morte não é clara. Luís Miguel Grilo tem uma fratura na cabeça, a sua bicicleta não apareceu. Quando o corpo foi encontrado estava nu, com um saco na cabeça.

Descoberta

O corpo de Luís Grilo foi encontrado de forma acidental, perto de Avis, a cerca de 130 quilómetros de distância do local onde desapareceu.

Data da morte

Por não se saber qual a data da morte, foi colocada na lápide a data de 24 de agosto, dia em que o corpo foi encontrado.

"Perdi a esperança mas sabia que ele não tinha fugido" 

A irmã mais velha de Luís Miguel Grilo recorda que também ela participou nas buscas. Os dias passavam e a esperança fugia. Deixou de acreditar que o irmão estivesse vivo. "Ao fim de oito ou dez dias perdi a esperança. Eu tinha a certeza de que o meu irmão nunca fugiria. Sabia que tinha acontecido alguma coisa", afirma, reconhecendo que ficou em choque quando o corpo foi encontrado. "Eu sabia que ele nunca deixaria o filho. Sabia que alguém lhe tinha feito mal."

Mulher ouvida na Judiciária reconstrói todos os passos

Rosa Grilo foi ouvida na PJ na última sexta-feira. Aos inspetores voltou a recordar os últimos passos do marido, contou que deu o alerta quando percebeu que o atraso não era normal. Foi a 16 de julho e Luís Miguel Grilo terá saído de casa às 16 horas. Disse que demorava duas horas e não voltou. A GNR foi alertada e foram, de imediato, feitas buscas. Luís Grilo viria a ser encontrado morto, em Avis.

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