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‘Páras’ preparados para combater senhor da guerra em África

Rebeldes pretendiam caçar Capacetes Azuis, mas encontraram contingente português bem preparado.

04 de novembro de 2018 às 01:30

Os paraquedistas portugueses em missão nas Nações Unidas na República Centro-Africana mantiveram ontem as patrulhas em Bambari, sem que se tenham repetido as violentas trocas de tiros com grupos mafiosos armados registadas nos dias anteriores, que resultaram em ferimentos ligeiros num sargento português.

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6 - Vídeo mostra tiroteio que vitimou paraquedista português em África

Segundo adiantou ao CM fonte militar, elementos de vários desses grupos armados ex-Selekas, maioritariamente muçulmanos, uniram esforços para tentar retomar Bambari, que estava pacificado desde que, em maio, um outro contingente português lá esteve uma semana também em violentos confrontos armados. O chefe do grupo armado é Ali Darassa , senhor da guerra nigeriano, do grupo rebelde a União pela Paz.

"Tentaram uma caça aos Capacetes Azuis, mas encontraram pela frente paraquedistas muito bem preparados e com o trabalho de casa feito", explicou a fonte. Esse trabalho incluiu, sabe o CM, a recolha de informações prévias sobre o cenário que iriam encontrar e, com especialistas da Força Aérea, apoio de helicópteros de combate ao serviço da ONU.

O contingente português, que fez deslocar de Bangui (capital da RCA) para Bambari os seus três grupos de combate, deverá manter-se mais uma semana. Estão a viver em tendas, num campo improvisado onde têm de fazer a manutenção das viaturas blindadas (muito atingidas) e armamento, e têm de regressar a Bangui para "regeneração " do material e descanso dos militares.

PORMENORES

Reforço

O contingente português deverá este mês ser reforçado com viaturas blindadas de rodas Pandur e 30 militares para as operar. O reforço não está já no terreno devido a burocracias atribuídas à ONU.

Conflito

A República Centro- -Africana caiu no caos e na violência em 2013 com o derrube do presidente. O conflito nesse país (com o tamanho da França) já provocou 700 mil deslocados e 570 mil refugiados.

Difamação

Os rebeldes têm vindo a difundir que é a ONU que está a dirigir as patrulhas armadas contra a comunidade muçulmana. Este sábado, a ONU desmentiu isso e frisou a imparcialidade do contingente português.

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