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Fogo na Pampilhosa da Serra voltou a descontrolar-se durante a tarde

Incêndio continua a ameaçar as aldeias do Esteiro, Porto de Vacas, Machialinho, Adurão, Carregal do Zêzere e Dornelas do Zêzere.

19 de agosto de 2025 às 22:54

O incêndio que lavra na Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, voltou a ficar descontrolado durante a tarde desta terça-feira, tendo posto novamente várias aldeias em risco, disse o presidente da Câmara.

"Apesar de uma noite [de segunda para terça-feira] calma e que trouxe alguma tranquilidade e de se achar que as linhas de fogo estavam reduzidas a apenas alguns reacendimentos, esses reacendimentos originaram, novamente, grandes fogos", afirmou à agência Lusa Jorge Custódio.

Segundo o autarca, o fogo voltou a ficar descontrolado durante a tarde e o concelho continua a ter várias frentes ativas, que colocaram em risco aldeias, "algumas delas por onde o fogo até já tinha passado, mas que voltou a queimar o que não havia sido queimado".

"Enfim, é o que temos", desabafou.

De acordo com Jorge Custódio, o incêndio continua a ameaçar as aldeias do Esteiro, Porto de Vacas, Machialinho, Adurão, Carregal do Zêzere e Dornelas do Zêzere.

O fogo tem "uma extensão considerável" e já terá consumido cerca de sete mil hectares no concelho, segundo estimativas dos serviços municipais, avançou.

A estratégia para a noite repete-se, dia após dia: "Tentar, com a diminuição da temperatura e aumento da humidade, ter mais uma noite de combate para, enfim, novamente, reduzir o fogo", disse.

O autarca referiu que, até ao momento, não tem conhecimento de casas de primeira habitação afetadas no concelho.

A Pampilhosa da Serra já tinha sido afetada por um outro fogo iniciado na Covilhã, em 10 de agosto e dado como dominado no dia 13, estando desde quarta-feira a braços com o grande incêndio que começou em Arganil, também no distrito de Coimbra, e que se estendeu aos distritos de Castelo Branco e Guarda.

"Estamos há uma semana e meia sem dormir", lamentou Jorge Custódio.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos.

Segundo dados oficiais provisórios, até esta terça-feira arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

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