Correio da Manhã
JornalistaGEOTA exige reforço da eficiência energética em Portugal
O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) exigiu hoje um reforço da eficiência energética em Portugal e uma produção descentralizada de energias renováveis, para uma maior resiliência do abastecimento de eletricidade e evitar apagões.
O GEOTA reconhece, em comunicado, que a análise rigorosa das causas do 'apagão' de segunda-feira pode demorar, mas defende que "urge esclarecer rapidamente a população", salientando que o sistema elétrico ibérico já operou inúmeras vezes com percentagens elevadas de energias renováveis sem qualquer constrangimento.
Para o grupo ambientalista, a importação-exportação de eletricidade entre Portugal e Espanha é um processo permanente com benefícios para ambas as partes, mas Portugal "continua a ter capacidade de produção nas centrais termoelétricas a gás natural e em centrais hidroelétricas de albufeira, que lhe permite ser autossuficiente".
"A importação dentro do mercado ibérico dá-se por motivos meramente económicos, sendo que, no dia 28 [segunda-feira], durante algumas horas Portugal estaria a ser pago para consumir eletricidade de Espanha. Ao contrário do que algumas vozes vêm a defender, a solução não é nem a reabertura das centrais a carvão (na prática substituídas pelas centrais a gás) nem a energia nuclear (extremamente cara, de construção demorada, com riscos conhecidos, pouco resiliente face a perturbações, e perpetuadora do modelo de rede assente em mega centrais)", argumenta.
Assembleia Municipal de Lisboa discute falhas na Carris e agradece empenho no apagão
As dificuldades da empresa municipal Carris, que assegura transporte público na cidade de Lisboa, inclusive com autocarros, foi esta terça-feira tema de discussão pela Assembleia Municipal, que terminou com um agradecimento aos trabalhadores pelo serviço de segunda-feira durante o apagão.
O debate sobre mobilidade em Lisboa e as dificuldades da Carris foi realizado a pedido do Chega, que justificou esse requerimento com a atual situação da empresa, incluindo falhas na prestação do serviço público de transporte, em que a redução da velocidade comercial e o incumprimento dos horários são "uma realidade constante".
Em representação da câmara, a vereadora Sofia Athyde (CDS-PP) realçou o estudo de revisão de um novo plano de rede da Carris, que já não era revisto há mais de 15 anos e que teve início em 2024, e revelou que "todo este trabalho, que foi complexo, já se vai refletir em 2025, principalmente nos principais indicadores da Carris: velocidade, número de passageiros, entre outros".
Foi também criado um grupo de trabalho entre a Câmara Municipal de Lisboa, a EMEL (empresa municipal de estacionamento) e a Carris, para melhorar a velocidade comercial, apontou a vereadora, afirmando que o executivo liderado por PSD/CDS-PP fez "o maior investimento de que há memória em nova frota sustentável" e destacando também a redução significativa do número de acidentes graves.
Relativamente ao trabalho durante o apagão elétrico, Sofia Athyde agradeceu a todos os trabalhadores da Carris pelo esforço e empenho no serviço de transporte público prestado na cidade.
Câmara de Leiria admite necessidade de mais geradores no concelho
O presidente da Câmara de Leiria admitiu esta terça-feira serem necessários mais geradores, mais disponibilidade de combustível e melhores comunicações para responder a situações como a de um corte geral de energia.
Gonçalo Lopes (PS) afirmou na reunião de Câmara desta terça-feira que a resposta de Leiria, "globalmente, foi positiva", mas admitiu que "há sempre coisas a limar".
Tendo em conta a falta de abastecimento de água em algumas zonas do concelho de Leiria, o autarca admitiu que o sistema dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) "precisa de ter mais robustez para ser totalmente autónomo".
Governo decidiu prorrogar contrato da central da Tapada do Outeiro em fevereiro
O Governo decidiu, em fevereiro, prorrogar o contrato de funcionamento da central a gás natural da Tapada do Outeiro, em Gondomar (distrito do Porto), que participou no arranque autónomo da rede elétrica na sequência do apagão de segunda-feira.
"Por despacho da Ministra do Ambiente e Energia, de 12 de fevereiro de 2025, foi mandatada a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) para instruir as partes do contrato (REN e Turbogás) para iniciarem o processo de negociação com vista a nova prorrogação do contrato que vigorava até 31 de março de 2025, passando a vigorar até 31 de março de 2026", pode ler-se numa resposta de fonte oficial do Ministério do Ambiente e Energia hoje enviada após questões da Lusa.
Em causa está um Contrato de Aquisição de Energia (CAE) que terminou em 29 de março de 2024, tendo sido criado um período de transição para o novo contrato até 31 de dezembro e que foi estendido até 31 de março deste ano já pelo atual Governo, e agora prorrogado novamente.
Durante este período, a central funcionou sem atividade comercial em mercado, mas apenas como resguardo, podendo ser ativada caso se verificassem falhas, como sucedeu na segunda-feira, quando a Tapada do Outeiro, juntamente com a central de Castelo de Bode, (Abrantes, distrito de Santarém) fizeram o arranque autónomo ('black start') da rede elétrica nacional após o apagão.
"A DGEG acompanhou o processo de negociação e, no cumprimento do mesmo despacho, submeteu à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a proposta de definição e a estimativa dos custos razoáveis, para que esta, na qualidade de regulador, se pronunciasse no âmbito das suas atribuições", tendo a ERSE anuído.
Segundo o Governo, "o contrato foi atempadamente prorrogado até 31 de março de 2026".
Fonte do ministério refere que com a decisão da nova prorrogação "procurou-se garantir o tempo necessário para assegurar o regular decurso do procedimento concursal relativamente à capacidade de produção da Central após 31/03/2026".
Finalistas de escola de Gaia trocam avião por autocarros no regresso
Noventa e seis finalistas da Escola Soares dos Reis, em Vila Nova de Gaia, estão a regressar de Paris de autocarro após o apagão de segunda-feira ter inviabilizado viajarem de avião, revelou à Lusa fonte da escola.
Os alunos de seis turmas do 9.º daquele estabelecimento de ensino viajaram na sexta-feira, dia 25 de abril, de avião, para Paris, estando o regresso, igualmente por via aérea, agendado para segunda-feira, uma situação que se revelou impraticável devido ao apagão que atingiu os aeroportos nacionais, explicou a fonte.
Depois de terem passado a última noite num hotel, a solução passou por fazerem a viagem em autocarros, desconhecendo, contudo, a fonte, quando chegarão a Vila Nova de Gaia.
Os alunos estão acompanhados por dois elementos da direção do agrupamentos e demais professores, um por cada turma, acrescentou.
Perdas seguradas podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha, menores em Portugal
As perdas relacionadas com interrupções de negócios após o apagão desta segunda-feira podem levar a grandes indemnizações das seguradoras, que podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal, calcula a DBRS.
Numa nota enviada hoje, a DBRS sinaliza que a falha de energia que afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha pode gerar um aumento nas reivindicações relacionadas com seguros residenciais, comerciais, de viagem e de interrupção de negócios.
"Embora seja difícil fornecer uma estimativa das perdas seguradas na situação atual, a nossa expectativa inicial é que as perdas seguradas variem entre 100 e 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal", aponta a agência de notação financeira, destacando que "as perdas económicas totais serão várias vezes maiores que essas estimativas".
Von der Leyen saúda "responsabilidade coletiva" em momento "sem precedentes"
A presidente da Comissão Europeia felicitou hoje as populações de Portugal e Espanha pela "responsabilidade coletiva e solidariedade" que demonstraram face a um "apagão sem precedentes".
"Ontem [segunda-feira], cidadãos em Espanha e Portugal, e em algumas partes de França, enfrentaram um apagão sem precedentes. Quero felicitá-los pela calma e civismo [...], demonstraram responsabilidade coletiva e solidariedade", disse Ursula von der Leyen, na qualidade de elemento do Partido Popular Europeu (PPE), durante o congresso desta família política, na cidade espanhola de Valência (leste).
A presidente do executivo comunitário também agradeceu a todos os "polícias, bombeiros e controladores de tráfego" que "trabalharam sob imensa pressão para proteger os cidadãos e preservar a ordem".
IL defende eficácia da comissão técnica e Livre quer que órgão tome posse já
A Iniciativa Liberal defendeu hoje que comissão técnica independente criada pelo Governo poderá ser eficaz para chegar a conclusões sobre o apagão, enquanto o Livre defendeu que esta entidade deveria tomar posse antes das eleições.
"Penso que [a comissão técnica independente] é uma forma eficaz, se conseguir tirar conclusões e, acima de tudo, se se conseguir perceber as causas, para depois também percebermos o que é que precisamos de alterar para conseguir dar resposta efetiva a uma situação deste género ou outras de crises", afirmou a líder parlamentar da IL.
Estas declarações foram feitas depois de uma reunião entre partidos e Governo, convocada pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, na sequência do corte generalizado no abastecimento elétrico que na segunda-feira afetou Portugal e Espanha, e que continua sem explicação por parte das autoridades.
Mariana Leitão criticou também a "comunicação ineficiente e irregular" do Governo, considerando que o executivo "deve falar a uma só voz" e de "forma muito mais regular para tranquilizar a população".
A IL defendeu ainda que Portugal deve "investir em protocolos de segurança e sistemas de redundância em infraestruturas críticas", para evitar que deixem de funcionar, bem como "aumentar o número de centrais capazes do 'black start' e reforçar as interconexões elétricas".
A porta-voz do Livre Isabel Mendes Lopes manifestou-se "profundamente" contra a ideia de a comissão técnica independente anunciada pelo Governo ser apenas constituída após a eleição do novo parlamento, nas legislativas de 18 de maio.
ULS Alto Minho regressa à normalidade e vai remarcar atos clínicos cancelados
A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) anunciou hoje o retomar do funcionamento normal da atividade e a remarcação dos atos clínicos cancelados durante o apagão que, na segunda-feira, deixou o país sem eletricidade.
"A ULS Alto Minho retomou o normal funcionamento da sua atividade clínica, depois de ultrapassados os constrangimentos da falha de rede elétrica que atingiu o país", refere a ULSAM.
Na resposta, por escrito, ao pedido de esclarecimento hoje enviada pela agência Lusa, fonte da administração da ULSAM adianta que "os atos clínicos programados cancelados durante o dia de ontem [segunda-feira] serão agora remarcados ao longo dos próximos dias".
A mesma fonte adiantou que após "um levantamento preliminar o número de vacinas que ficaram inutilizáveis não deverá ultrapassar as 20 unidades".
Até final da semana, a ULSAM espera ter dados mais precisos.
Setor da carne pede linha de apoio financeira após apagão
O setor da carne reclama a criação de uma linha de apoio e a proibição das energéticas alegarem motivos de força maior perante os custos decorrentes do apagão, que levou a que animais deixassem de ser enviados para consumo.
"As carcaças que estavam na linha de abate no momento da falha de energia foram rejeitadas porque as linhas de abate são automatizadas, o que levou a muitas rejeições, não se sabendo ainda o número de animais eliminados do consumo", afirmou a diretora executiva da Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC), Graça Mariano, em resposta à Lusa.
Apesar de ressalvar que ainda é muito cedo para avaliar as consequências em termos económicos, a associação referiu que a grande maioria das indústrias não tinha um gerador, nem conseguiu alugar, face à potência.
Governo quarta-feira no parlamento para debate proposto pelo PCP
A conferência de lideres aceitou hoje, por consenso, a realização de um debate proposto pelo PCP, com a presença do Governo, na Comissão Permanente do parlamento, sobre as causas da quebra do fornecimento de eletricidade na segunda-feira.
De acordo com o porta-voz da conferência de líderes, o deputado social-democrata Jorge Paulo Oliveira, "duas forças políticas", o PSD e CDS, voltaram a manifestar reservas de que a Comissão Permanente da Assembleia da República possa servir para agendar debates temáticos, num período em que o parlamento está dissolvido.
Porém, prosseguiu Jorge Paulo Oliveira, em virtude da "excecionalidade" do apagão ocorrido em todo o território nacional, na segunda-feira, PSD e CDS acabaram por não obstaculizar o debate proposto pelo PCP.
Em relação ao formato deste debate, caberá ao Governo abri-lo e depois encerrar a discussão, mas o porta-voz da conferência de líderes não indicou quais os membros do executivo PSD/CDS que estarão presentes nesse debate.
Por outro lado, por se realizar este debate sobre o apagão, os grupos parlamentares prescindiram de incluir na ordem de trabalhos da reunião da Comissão Permanente o habitual período de declarações políticas.
Bombeiros responderam entre as 11h30 e 20h00 de segunda-feira a mais de 2.200 ocorrências
Os bombeiros responderam entre as 11h30 e as 20h00 de segunda-feira a mais de 2.200 ocorrências, indicou esta terça-feira a Proteção Civil, avançando que as corporações mantiveram "o normal funcionamento" desde o início do apagão elétrico.
O esclarecimento da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) surge após a Lusa noticiar, citando o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB), que a ANEPC tinha colocado os bombeiros em alerta às 20h00 de segunda-feira, quando algumas zonas do país já tinham luz elétrica e mais de oito horas depois do apagão.
Segundo António Nunes, o alerta laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) vigora entre às 20h00 de segunda-feira e as 00h00 desta terça-feira.
Reposto o abastecimento de água na prisão para jovens de Leiria
A falha de abastecimento de água em Leiria que afetou o estabelecimento prisional para jovens está resolvida, pela Câmara Municipal, adiantou o Ministério da Justiça (MJ) no último balanço sobre o impacto do apagão no setor da Justiça.
De acordo com a informação disponibilizada pelo MJ, o Instituto de Registos e Notariado (IRN) apresenta "constrangimentos pontuais", não sendo possível atender pedidos de renovação e autorização de residência.
Nos estabelecimentos prisionais e centros educativos não há registo de incidentes.
Contactada pela Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais precisou (DGRSP) que, na segunda-feira, o abastecimento de eletricidade aos estabelecimentos prisionais e centros educativos foi reposto entre as 18:16 de segunda-feira e as 01:05 de hoje, "estando a atividade dos serviços a decorrer dentro da normalidade".
Na segunda-feira, a energia foi assegurada por geradores e a comunicação por meios rádio, sem que se registassem incidentes nem se verificasse "qualquer constrangimento na distribuição de refeições e medicação".
Já o controlo de vigilância eletrónica foi transferido cerca das 12:30 de segunda-feira para as equipas do Funchal (Madeira) e de Ponta Delgada (Açores).
"O sistema foi progressivamente retomado no continente, sendo que cerca das 24:00 passou integralmente para o Centro Nacional de Acompanhamento de Operações (...) e para as equipas de Vigilância Eletrónica", conclui a DGRSP.
Proteção Civil diz que alerta laranja ao fim do dia de segunda-feira serviu para aumentor resposta
A Proteção Civil justificou esta terça-feira a ativação do estado de alerta laranja ao fim do dia de segunda-feira com o aumento da capacidade de resposta operacional para fazer face às previsíveis ocorrências durante a noite e madrugada.
Num comunicado sobre o ponto de situação da falta da rede elétrica na segunda-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) refere que desde o primeiro momento ativou os mecanismos previstos no âmbito do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, designadamente o Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) que a partir das 13h30 reuniu os diversos agentes de proteção civil, entidades com dever de cooperação e responsáveis pelas infraestruturas críticas.
A Proteção Civil avança que no âmbito dos CCON foram desenvolvidas várias determinações operacionais, nomeadamente "a emissão às 19h30 do comunicado técnico operacional de incremento do Estado de Alerta Especial para nível laranja para aumento da capacidade de resposta operacional para fazer face ao previsível aumento de ocorrências no período da noite e madrugada".
Algumas zonas de Oliveira de Azeméis ainda sem água
Algumas zonas de Oliveira de Azeméis continuavam pelas 16:00 sem água nas torneiras, na sequência do corte de energia que afetou todo o país, informou fonte daquela autarquia do distrito de Aveiro.
Segundo uma nota camarária enviada à Lusa, em articulação com a concessionária Indaqua, a maioria da população do município está já abastecida, verificando-se, "situações de interrupções ou variações de caudal pontuais e localizadas, decorrentes da presença de ar nas condutas, que deverão ficar solucionadas ainda durante o dia de hoje".
"Sem abastecimento público de água estão, atualmente, as freguesias de Cesar, Fajões e Macieira de Sarnes, em resultado de um problema na saída gravítica do reservatório operado pelas Águas do Douro e Paiva, em Cesar, que alimenta a conduta de distribuição de água àquelas freguesias. A situação está em vias de resolução para reposição do serviço com a máxima brevidade possível", refere a mesma nota.
A água em Oliveira de Azeméis é captada e tratada pela empresa Águas do Douro e Paiva, entidade gestora do Sistema Multimunicipal de abastecimento do sul do Grande Porto, que garante que todos os municípios servidos pela empresa estão a ser abastecidos, sem restrições, sendo o fornecimento assegurado pela Indaqua, que tem a concessão do abastecimento de água.
Na página da Indaqua de Oliveira de Azeméis na internet, a empresa alerta para a possibilidade de haver variações no caudal ou interrupções temporárias no fornecimento, devido à presença de ar nas condutas, e alteração temporária da aparência da água, podendo esta apresentar-se com turvação devido ao arrastamento de sedimentos nas redes de distribuição.
Alguns lares pediram comida a vizinhos para os idosos jantarem
Lares a pedir ajuda aos vizinhos para alimentarem os idosos, assistentes a gritar na rua para lhes abrirem portas e utentes a descer seis pisos pelas escadas foram alguns constrangimentos vividos pelas instituições durante o apagão de segunda-feira.
O corte da energia elétrica que afetou a Península Ibérica ao final da manhã de segunda-feira não prejudicou os almoços nos lares associados da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), que já estavam preparados.
Mas alguns lares viram-se obrigados a pedir comida aos vizinhos para que os utentes tivessem jantar, disse hoje à Lusa, o padre Lino Maia, presidente da CNIS.
Abastecimento de água no Seixal totalmente restabelecido
O presidente da Câmara Municipal do Seixal disse hoje que o abastecimento de água no concelho foi totalmente restabelecido entre as 07:00 e as 07:30, tendo o processo sido gradual para evitar danos nas condutas.
Câmara de Elvas já tem serviço de Internet e comunicações fixas
O serviço de Internet e a rede de telecomunicações da Câmara de Elvas, distrito de Portalegre, já foram restabelecidos, após o apagão que ocorreu na segunda-feira, disse à agência Lusa fonte do município.
A mesma fonte indicou que estes serviços ficaram restabelecidos cerca das 15:30.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
Ordem dos Psicólogos afirma que ausência de comunicação e incerteza gerou ansiedade
Uma interrupção de horas no abastecimento elétrico com incerteza quanto à sua causa e duração e com ausência de comunicação causa stress e situações de ansiedade especialmente nos mais vulneráveis, segundo a vice-presidente da Ordem dos Psicólogos.
A comunicação é essencial em situações do desconhecido, como foi na pandemia da covid-19, mas no apagão de segunda-feira este acesso à informação ficou impossível durante muitas horas, causando situações de falta de controlo do dia-a-dia e de alteração da rotina, explicou Alexandra Antunes em declarações à Lusa.
"Toda esta incerteza e a desorganização da vida diária tem impacto essencialmente ao nível de ansiedade", afirmou, ressalvando que o impacto é diferente consoante as faixas etárias e sempre maior em pessoas em situações de maior vulnerabilidade ou fragilidade, como os idosos, e nos doentes.
Na sua opinião, as pessoas mais isoladas e idosas foram as que acabaram por ter um maior sofrimento e aumento dos níveis de ansiedade devido ao apagão que na segunda-feira, desde as 11:30, afetou Portugal e Espanha, e cuja causa continua sem explicação por parte das autoridades.
Transplante renal cruzado entre Portugal e Espanha teve de ser adiado devido ao apagão
Uma operação de transplante renal cruzado entre Portugal e Espanha, prevista para hoje, teve de ser adiada para quinta-feira devido ao corte de energia na segunda-feira, disse hoje à Lusa o coordenador nacional de Transplantação.
Antigo diretor-geral da Energia considera que apagão evidenciou "posição vulnerável" do País
O antigo diretor-geral da Energia Mário Guedes considerou hoje que o apagão evidenciou a vulnerabilidade do país em termos de independência energética e que, para ser autossuficiente, tem de gerar eletricidade, preferencialmente utilizando recursos naturais nacionais.
"O apagão ocorrido em 28 de abril de 2025 evidenciou a posição vulnerável de Portugal em termos de independência energética e, consequentemente, de soberania nacional", defendeu Mário Guedes, em resposta escrita à Lusa, considerando que "a dependência de fontes externas compromete a estabilidade económica e a segurança nacional".
Para o antigo líder da Direção-Geral da Energia e Geologia (DGEG), a falha de eletricidade que afetou a Península Ibérica e parte do território francês durante mais de 10 horas demonstrou "claramente que Portugal não é autossuficiente nem soberano na produção de eletricidade, estando significativamente dependente da Espanha para manter o funcionamento normal das infraestruturas essenciais".
Mário Guedes considerou que esta é uma questão cuja solução não é rápida nem simples, mas que terá de envolver a geração de eletricidade no país, "preferencialmente utilizando recursos naturais nacionais, como os de origem hídrica, solar, eólica, geotérmica ou outros".
O antigo diretor-geral apontou ainda o dedo às políticas energéticas adotadas desde 2019, que culpa diretamente pelo que considera ser uma situação de vulnerabilidade, como a decisão de encerrar antecipadamente "e sem medidas de redundância" as centrais a carvão de Sines e do Pego, associada "à incapacidade de licenciar tempestivamente os projetos de centrais solares, bem como ao modelo de leilões solares".
Alemanha apela para maior proteção de infraestruturas essenciais
A ministra do Interior alemã apelou hoje para uma maior proteção das infraestruturas essenciais, após os apagões maciços de segunda-feira em Portugal e Espanha, destacando a natureza sem precedentes destes cortes de energia.
"Os cortes de eletricidade em Espanha e Portugal foram de uma escala como provavelmente nunca vimos antes na Europa", declarou Nancy Faeser ao grupo de 'media' Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND).
Faeser, que excluiu qualquer impacto na Alemanha em resultado do apagão generalizado na Península Ibérica, considerou importante retirar lições do incidente "para garantir o mais elevado nível de segurança de infraestruturas essenciais, como a rede de abastecimento de energia elétrica na Alemanha".
O Bundestag, a câmara baixa do parlamento alemão, "deve apresentar e aprovar quanto antes as normas para a proteção das infraestruturas essenciais, também para aplicar a legislação vinculativa da União Europeia", acrescentou, referindo-se a um projeto de lei que ficou em suspenso com a dissolução do anterior Governo de coligação, liderado pelos sociais-democratas do SPD.
Operador britânico investiga falhas invulgares ocorridas um dia antes do apagão
O operador do sistema elétrico britânico (NESO) está a investigar duas falhas invulgares detetadas no domingo, um dia antes do apagão que afetou Espanha, Portugal e partes de França, disseram esta terça-feira fontes da empresa.
Meia centena de crianças do Norte do País retidas em Roma após cancelamento de voo
Mais de meia centena de crianças de duas localidades da região Norte do País estão retidas em Roma, Itália, devido aos constrangimentos provocados pelo apagão, que originou o cancelamento de vários voos.
Mirandela ainda com constrangimentos no abastecimento de água
O presidente da Câmara de Mirandela afirmou hoje à Lusa que ainda estão a registar-se constrangimentos no abastecimento de água nas zonas altas da cidade, na sequência do apagão desta segunda-feira.
Segundo Vítor Correia, os primeiros problemas naquele concelho do distrito de Bragança foram assinalados já ao início da noite de segunda-feira, entre as 21:00 e as 22:00, e ainda não foi possível restabelecer o fornecimento em alguns locais da área urbana, esperando-se que a água possa regressar por volta da hora do jantar.
"A água é proveniente da albufeira do Azibo e fornecida em alta pela Águas do Norte. Tendo em conta a falha de ontem [segunda-feira] de energia e que em Macedo de Cavaleiros, onde fica a barragem, e que só foi retomada por volta das 23:00, fragilizou o abastecimento e os depósitos ficaram em baixo", explicou Vítor Correia, acrescentando que estava a haver consumo sem reposição.
Depois do regresso da energia elétrica, começaram a ser feitas as reposições dos depósitos, enquanto em simultâneo continuam a ser feitos os habituais consumos da população.
"Por isso, nas partes mais altas da cidade ainda está a haver algumas dificuldades das águas chegarem ao local. Os depósitos têm vindo a recuperar, mas ainda não estão no ponto ótimo", admitiu Vítor Correia, salvaguardando que no resto do concelho a situação está normal.
Autarca de Évora quer redundância no sistema para abastecimento de água não falhar
O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, apontou hoje que são necessárias alternativas às bombas elétricas na barragem que abastece de água a cidade, para acautelar o fornecimento no caso de futuros apagões.
Em declarações à agência Lusa, o autarca admitiu que, no apagão energético de segunda-feira, uma das principais preocupações no município foi o abastecimento de água ao hospital e à população, que acabou por não ser afetado.
"De qualquer maneira, é preciso salvaguardar [o abastecimento de água] para situações em que uma falha como esta possa demorar mais tempo" a ser resolvida, referiu.
Pinto de Sá salientou que os depósitos de água da cidade têm capacidade para garantir o abastecimento público durante algumas horas, mas, se o apagão de segunda-feira se prolongasse por mais algum tempo, "os constrangimentos seriam maiores".
"Agora, iremos fazer um levantamento e enviá-lo a várias entidades, no sentido de chamar a atenção para a necessidade de se fazerem alguns investimentos que permitam salvaguardar a possibilidade de termos mais horas" de abastecimento, adiantou.
Governo quer centrais do Baixo Sabor e Alqueva com arranque autónomo
O Governo quer inserir as centrais do Baixo Sabor e do Alqueva na função de 'black start', ou seja, arranque autónomo do sistema elétrico, para acelerar o restabelecimento da energia, caso haja uma situação como a de segunda-feira.
No final do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse que o Governo já tinha "tomado a decisão de prorrogar, relativamente à central da Tapada do Outeiro a sua função de 'black start' do sistema até março de 2026", e irá agora "acionar os mecanismos para que essa prorrogação se opere até 2030".
"Por outro lado, estamos a aprofundar todo o procedimento com vista a concretizarmos a inserção também na função de 'black start' de mais centrais, em particular a do Baixo Sabor e a do Alqueva", indicou.
"Se há ilação que já podemos tirar é que a central da Tapada do Outeiro e [a] de Castelo de Bode são insuficientes para habilitar o sistema a um reinício numa situação de crise como ontem [segunda-feira] vivemos. Insuficientes do ponto de vista da rapidez", esclareceu.
Estas duas centrais foram a usadas na segunda-feira para arrancar com o serviço inicial.
"Já sabemos que são suficientes do ponto de vista da eficácia, por isso hoje temos a situação restabelecida", salientou, destacando que o entendimento do executivo é que é preciso "um mecanismo que torne ainda mais célere, mais rápida, mais eficiente a capacidade de recuperação e superação de uma circunstância" como a do apagão de segunda-feira.
Ambientalistas pedem que não se use o caso para promover energias poluentes
A associação ambientalista Zero considerou hoje inaceitável que se use o apagão de segunda-feira para promover um regresso às fontes poluentes, "que são o verdadeiro risco para o planeta e para a segurança energética a longo prazo".
Um dia depois do apagão que deixou a Península Ibérica sem luz durante várias horas, a associação, em comunicado, considerou que as energias renováveis e interligações são "indispensáveis para o sistema elétrico".
A Zero considera "absolutamente imprescindível" não haver uma instrumentalização do acontecimento para promover "narrativas falsas e descredibilizar o modelo renovável".
Porque a "transição para as energias renováveis é o único caminho que garante um planeta habitável e mais acessível a todos os habitantes do planeta".
Quando ainda se desconhecem as causas exatas do apagão, a associação pede também conclusões rigorosas e independentes sobre o que aconteceu e diz que deve haver recomendações para o futuro.
É preciso, frisa, aperfeiçoar os sistemas elétricos, para que se adaptem tecnicamente a uma nova realidade, uma rede assente em renováveis.
"Para a Zero, é claro que a essência do problema não são as renováveis", até porque o país já tem estado dias seguidos abastecido 100% por renováveis e sem qualquer transtorno.
Proteção Civil colocou bombeiros em alerta às 20h00 de segunda-feira
A Proteção Civil colocou os bombeiros em alerta às 20h00 de segunda-feira, quando algumas zonas do país já tinham luz elétrica e mais de oito horas depois do apagão, disse hoje o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB).
António Nunes avançou à Lusa que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) colocou o dispositivo em alerta laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) às 20h00 de segunda-feira, estado que se prolonga até às 00h00 de hoje.
O presidente da Liga, que representa mais de 400 associações humanitárias de bombeiros voluntários do país, afirmou que as corporações de bombeiros só foram colocadas em alerta às 20h00 de segunda-feira, quando o apagão geral de energia aconteceu às 11h30 e numa altura em que algumas zonas do país já tinham luz elétrica.
A Lusa confirmou também junto de uma corporação de bombeiros que o alerta laranja chegou já passava das 20h00.
A emissão de alertas especiais ao sistema de proteção civil é da competência da ANEPC e tem como objetivo elevar o grau de prontidão e resposta operacional e dar conhecimento ao dispositivo de informações essenciais da situação de modo a permitir o desencadear de ações complementares no âmbito da proteção e socorro.
Espanha a caminho de recuperar "plena normalidade"
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, disse hoje que o país "caminha com passos firmes para a recuperação da plena normalidade" depois do apagão de segunda-feira que atingiu toda a Península Ibérica.
"Espanha, felizmente, e com todas as cautelas, está a superar o pior da crise", disse Sánchez, numa conferência de imprensa em Madrid, no palácio da Moncloa, a sede do Governo espanhol.
O abastecimento de eletricidade foi totalmente reposto hoje de manhã em todo o território de Espanha continental e o sistema superou o primeiro pico de consumo do dia às 08:35 locais (07:35, hora de Lisboa), encontrando-se normalizado, segundo as autoridades espanholas.
Dizer que centrais a carvão fizeram falta é "disparate técnico"
O antigo secretário de Estado da Energia Nuno Ribeiro da Silva considerou hoje "um disparate técnico" dizer que as centrais a carvão fizeram falta durante o apagão de segunda-feira e defendeu a fiabilidade do sistema elétrico.
"É um disparate técnico e não é sério dizer que as centrais a carvão nos fizeram falta nesta situação", disse à Lusa o também ex-líder da Endesa Portugal, que operou durante vários anos a Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, distrito de Santarém, que funcionava a carvão e que encerrou em 2021.
Nuno Ribeiro da Silva apontou ainda que uma central a carvão demora várias dezenas de horas a partir do momento em que é ligada até estar pronta a gerar eletricidade e que várias centrais a gás, que respondem em cerca de 20 minutos, estavam paradas na altura do apagão, por não haver necessidade de as utilizar fruto da alimentação do sistema com eletricidade a custos mais baratos, através da interligação com Espanha.
Portugal e Espanha têm os seus sistemas energéticos interconectados, permitindo que cada país beneficie dos custos mais baixos a cada momento e, segundo explicou a REN -- Redes Energéticas Nacionais na segunda-feira, no momento do apagão "o sistema elétrico português estava num momento de importação, que tem sido normal nestes últimos dias para aproveitar uma energia mais barata que é produzida a partir das centrais solares em Espanha".
"É absolutamente falacioso, um erro técnico, dizer que as centrais a carvão fizeram alguma falta porque nem as centrais a gás estavam a ser plenamente utilizadas no país", vincou Nuno Ribeiro da Silva.
Junta de freguesia lisboeta alerta para risco de burlas por falsos funcionários
A Junta de Freguesia de Santo António, em Lisboa, alertou para o risco de burlas a seguir ao apagão elétrico, apelando aos moradores, sobretudo idosos, que não abram a porta a falsos funcionários de empresas elétricas.
Em declarações à Lusa, Vasco Morgado, presidente desta junta, disse hoje que o alerta foi publicado na segunda-feira nas redes sociais da autarquia como medida de prevenção, na sequência do apagão elétrico, mas por saber que nestas situações é comum haver cidadãos que se aproveitam dos mais vulneráveis.
"Começámos logo por dizer que não abrissem as portas, porque sabemos que nestas alturas há sempre aqueles que são mais 'espertos' do que os outros. E, efetivamente, hoje de manhã, já andavam dois senhores na rua a dizer que eram da EDP. E não eram. A minha equipa correu atrás deles e desapareceram", contou o autarca.
Vasco Morgado salientou que o alerta surgiu porque sempre que há uma situação com alguma variação em relação à normalidade é comum acontecerem situações de tentativa de burla, numa freguesia onde vivem muitos idosos, 80 dos quais são acompanhados pelos serviços da junta.
"Houve uma altura em que eram os limpa-chaminés, depois passámos para os senhores do gás. Se hoje, por exemplo, houver uma falha no gás na freguesia, amanhã já teremos falsos funcionários a dizerem que são do gás para tentarem burlar. Nós ligamos para as empresas das infraestruturas e dizem-nos sempre que não andam nas ruas de casa em casa e apenas vão a pedido dos clientes", sublinhou.
Também a E-Redes alertou hoje para eventuais burlas na sequência do apagão de segunda-feira, sublinhando que não é necessária intervenção nos contadores de eletricidade, nem é cobrado diretamente aos clientes qualquer valor quando são feitas estas deslocações.
BE exige reunião extraordinária para analisar falhas na resposta
O BE na Câmara de Lisboa exigiu esta terça-feira a convocação de uma reunião extraordinária da autarquia, inclusive com os serviços municipais da Proteção Civil e da Polícia Municipal, para analisar as falhas da gestão de crise durante o apagão.
Continente teve aumento da procura sem incidentes e hoje repôs 'stocks'
A cadeia de supermercados e hipermercados Continente registou, na sequência do corte do abastecimento elétrico, o aumento da procura por água, enlatados, pão ou pilhas, sem incidentes, e hoje todas as lojas estiveram a repor os 'stocks'.
"Registou-se um pico de afluência às lojas, com um aumento significativo da procura por algumas categorias de produtos -- água engarrafada, enlatados, pão industrial, carvão, pilhas e lanternas -, no entanto, a operação funcionou sem incidentes a registar", indicou à Lusa fonte oficial do Continente.
Por sua vez, nas entregas ao domicílio foram concretizados 80% dos serviços. Os restantes foram reagendados para as próximas 48 horas.
A maioria das lojas do Continente esteve em funcionamento, através da otimização dos recursos e dos sistemas de redundância, embora com abastecimentos pontuais para o restabelecimento dos geradores.
"Hoje, verificou-se um regresso à normalidade. Todas as lojas Continente abriram dentro dos horários previstos e estão em pleno funcionamento, sobretudo focadas na reposição de 'stocks'", adiantou.
Supermercados abriram hoje com prateleiras repostas
Os híper e supermercados abriram hoje com as prateleiras repostas, um dia depois do apagão de energia que motivou uma procura inusitada de alguns produtos, mas sem que haja incidentes a assinalar, disse à Lusa o secretário-geral da APED.
Apesar da situação extremamente excecional que o país viveu na segunda-feira, a grande maioria das mais de 2.250 lojas dos associados da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) esteve aberta ao público, afirmou o seu responsável, Gonçalo Lobo Xavier, assinalando que a operação está hoje normalizada, tendo sido possível proceder ao reabastecimento dos espaços.
"Já estamos com a operação normal, conseguimos que fosse feito o reabastecimento das lojas e repor as prateleiras", afirmou, após um dia em que se registou uma maior procura por alguns produtos, nomeadamente, água, leite e velas.
Esta procura inusitada levou a que durante as horas do apagão de energia algumas prateleiras dos supermercados tivessem ficado vazias, com Gonçalo Lobo Xavier a assinalar, contudo, o "comportamento muito equilibrado" da população, sem atitudes de falta de civismo a assinalar.
O responsável da APED adiantou ainda que estão a contabilizar os impactos da falha no abastecimento de energia, admitindo que haja perdas de alguns produtos, sobretudo nos espaços onde não foi possível acomodar as exigências de segurança alimentar decorrentes da gestão da cadeia de frio.
Rede de distribuição de medicamentos está "absolutamente normalizada"
A Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) adiantou hoje que a rede de distribuição de medicamentos está "absolutamente normalizada", assinalando que a "operação nunca parou" durante o apagão de segunda-feira e que apenas foram detetadas falhas nos sistemas de comunicação.
Em declarações à Lusa o presidente executivo da ADIFA, Nuno Flora, explicou que as "infraestruturas da distribuição farmacêutica, nomeadamente em termos de armazém, estão preparadas com geradores para substituição em caso de falhas elétricas".
"[A distribuição de medicamentos] está absolutamente normalizada. Inclusive, devo referir que no dia de ontem [segunda-feira] a nossa operação nunca parou. Tivemos sempre em contínuo de operação durante todo o dia", salientou.
Comerciantes da baixa do Porto avaliam prejuízos ao retomar atividade após apagão
Desde perdas de produtos até dificuldades no reabastecimento, comerciantes da baixa do Porto avaliavam, esta terça-feira, de manhã os prejuízos causados pelo apagão que afetou Portugal e Espanha na segunda-feira.
Lusa
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"O nosso País teve uma resposta altamente positiva e forte": Luís Montenegro fala após apagão
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse, esta terça-feira, que Portugal teve uma resposta "altamente positiva e forte, face à circunstância grave, inédita, inesperada". O líder do executivo anunciou, esta terça-feira, uma auditoria dos sistemas elétricos dos países afetados.
Restabelecida normalidade nos hospitais e centros de Saúde do SNS no Algarve
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve restabeleceu hoje a sua atividade integral, depois de terem sido cancelados na segunda-feira os serviços não urgentes devido ao apagão que afetou a Península Ibérica.
Em comunicado divulgado hoje, a ULS do Algarve informou que, após ter sido retomada a normalidade do trabalho, "será recuperada, nos próximos dias, a atividade que fora suspensa no dia de ontem [segunda-feira]".
De acordo com a administração hospitalar, que integra os hospitais públicos de Faro, Portimão e Lagos e o agrupamento de centros de Saúde Central, Barlavento e Sotavento, "as unidades responderam sem ocorrências críticas ao apagão" energético.
O corte de energia elétrica originou o cancelamento no final da manhã de segunda-feira da atividade programada não urgente dos centros de saúde e dos hospitais da região.
No entanto, adianta a administração da ULS/Algarve, mantiveram-se em funcionamento os hospitais de dia para doentes oncológicos e os serviços de urgência, sem quaisquer constrangimentos, nos hospitais em Faro, Portimão e Lagos e nos Serviços de Urgência Básica de Vila Real de Santo António, Loulé e Albufeira.
Carlos Moedas reconhece que Sapadores de Lisboa tiveram sempre comunicações apesar de falhas do SIRESP
O presidente da Câmara de Lisboa reconheceu hoje que "houve falhas no SIRESP", mas explicou que os bombeiros sapadores têm um sistema de comunicação, nomeadamente um sistema de ondas altas (UHF), que "funcionou constantemente".
Hospitais Amadora-Sintra e Santa Maria retomam atividade clínica
A Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra retomou hoje a atividade clínica e as visitas aos doentes internados, após a reposição integral da energia elétrica, anunciou hoje a instituição.
A ULS Amadora-Sintra refere em comunicado que toda a atividade que foi adiada na segunda-feira, na sequência do corte de energia que afetou todo o país, "será brevemente remarcada".
Apesar do apagão, "a atividade urgente, emergente e inadiável manteve-se sempre assegurada através de geradores", salienta a instituição
Informa ainda que, "após a reposição integral da energia elétrica no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca e nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários, a atividade clínica, incluindo consultas, exames e cirurgias programadas foi retomada com total normalidade".
A ULS Amadora/Sintra lamenta todos "os constrangimentos que possam ter sido causados e agradece a compreensão dos utentes, bem como a colaboração exemplar de todos os seus profissionais durante este período excecional".
Recomenda ainda que, em caso de necessidade, os utentes continuem a privilegiar o contacto prévio com o SNS24 (808 24 24 24) antes de se deslocar ao Serviço de Urgência.
Também a ULS Santa Maria retomou hoje toda a atividade programada e suspendeu o Plano de Contingência da instituição, que tinha ativado na segunda-feira.
A ULS Santa Maria deixa "um agradecimento aos seus utentes e familiares, pelo civismo demonstrado, e enaltece o elevado profissionalismo das suas equipas de uma forma transversal, tanto nos cuidados clínicos, como nos serviços de apoio", na gestão da crise energética e na manutenção de uma resposta adequada aos doentes.
Atividade normal retomada na saúde e casos não urgentes remarcados para próximos dias
A atividade normal das unidades de saúde foi retomada hoje e as situações não urgentes que tiveram de ser adiados na segunda-feira, por causa do apagão, estão a ser remarcadas para os próximos dias, garantiu a Direção Executiva do SNS.
Em comunicado, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) diz que as 39 Unidades Locais de Saúde (ULS) e os três IPO (Instituto Português de Oncologia) acionaram os respetivos planos de contingência na sequência da falha de energia e "garantiram que todos os recursos estavam concentrados nas respostas urgentes e essenciais para os utentes".
Diz ainda que as maiores dificuldades sentidas foram ao nível do abastecimento de combustível para os geradores, nomeadamente no Hospital dos Capuchos e na Maternidade Alfredo da Costa, bem como a necessidade de substituição de um gerador na ULS da Guarda, que se conseguiram solucionar.
INEM reconhece constrangimentos no acionamento de meios e falhas no acesso ao SIRESP
O INEM reconheceu esta terça-feira que o apagão de segunda-feira provocou "constrangimentos pontuais" no acionamento dos meios de emergência e falhas no acesso à rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
PSP sem registo de incidentes
A PSP fez hoje um balanço "francamente positivo" do plano implementado do reforço do policiamento devido ao apagão que afetou o território continental na segunda-feira, não registando incidentes.
"A PSP não tem neste momento situações de preocupação ao nível da paz, ordem e tranquilidades públicas na sua área de responsabilidade territorial, não tendo registado quaisquer situações de alteração grave da ordem pública, ou ilícitos criminais de relevo durante este período de exceção", adiantou esta força de segurança em comunicado.
A PSP esteve envolvida em ações de gestão de trânsito, dificultado pela sinalização luminosa fora de funcionamento, na facilitação do trânsito para doentes urgentes, na gestão de grandes fluxos de pessoas a postos de combustível e superfícies comerciais, na retirada de pessoas retidas em transportes públicos e reforço de policiamento em infraestruturas críticas como os aeroportos.
"Com o aproximar do período noturno, a PSP planeou, traçou e implementou um plano de reforço de patrulhamento noturno visando reforçar o sentimento de segurança da população, prevenir comportamentos ilícitos que eventualmente pudessem acontecer durante a falha do fornecimento de energia elétrica (designadamente crimes contra a propriedade) e, no sentido de garantir uma resposta rápida e eficaz a eventuais ocorrências de desordem pública", acrescentou a PSP.
Câmara de Lisboa forneceu combustível para geradores de hospitais
O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que o plano de emergência municipal funcionou em termos de comunicações na segunda-feira e que a autarquia assegurou combustível para geradores de hospitais da cidade, após um pedido do Governo.
Incidente demonstrou "papel essencial" da central da Tapada do Outeiro
O apagão verificado na segunda-feira em toda a Península Ibérica demonstrou o "papel essencial" da central da Tapada do Outeiro, em Gondomar (distrito do Porto), considerou hoje a Turbogás, empresa que gere a infraestrutura.
"Este incidente reforça o papel essencial da Central da Tapada do Outeiro na resiliência do sistema elétrico nacional", pode ler-se num comunicado emitido por fonte oficial da empresa do grupo EML, continuando hoje a "manter a mais elevada operacionalidade".
"A Central da Tapada do Outeiro concretizou ontem [segunda-feira] com sucesso o procedimento de arranque autónomo ('black start') após ter sido instruída pelo gestor global do sistema (REN)", recorda a Turbogás.
SIRESP continua hoje com dificuldades na PSP, bombeiros e INEM
A rede SIRESP continuava hoje de manhã a funcionar com dificuldades nos comandos da PSP de Bragança, Braga, Porto, Portalegre e Coimbra, no INEM e em algumas corporações de bombeiros da região Norte, segundo fontes destas autoridades.
Fonte oficial da PSP indicou à Lusa que o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) está a funcionar, mas com dificuldades naqueles cinco comandos distritais da PSP.
Fonte ligado ao INEM avançou também à Lusa que na região Norte o INEM e os bombeiros estão com problemas no acesso ao SIRESP por falta de rede.
Segundo a PSP, a eletricidade e os telefones estão a funcionar em todas as esquadras do país.
Também o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses disse à Lusa que a rede SIREP entrou "em degradação" ao final da tarde de segunda-feira em determinados pontos do país, nomeadamente na cidade de Lisboa onde alguns rádios não funcionaram.
Primeiro-ministro espanhol diz que se mantêm abertas todas as hipóteses para explicar colapso
O primeiro-ministro espanhol disse hoje que ainda não há explicação para o apagão na Península Ibérica e nenhuma hipótese está descartada, depois de a empresa que gere a rede elétrica do país ter rejeitado a possibilidade de ciberataque.
"O Governo de Espanha vai chegar ao fundo deste assunto" e, perante as conclusões, vai fazer reformas e adotar as medidas necessárias "para que não volte a acontecer", assim como "exigir todas as responsabilidades pertinentes aos operadores privados", assegurou Pedro Sánchez, numa conferência de imprensa em Madrid.
Sánchez insistiu diversas vezes que o Governo espanhol tem como prioridade, depois de "consolidar o restabelecimento do sistema elétrico a 100%", "descobrir o que aconteceu" nos "cinco segundos" que levaram ao apagão de segunda-feira.
TAAG anuncia retoma de voos entre Luanda e Lisboa
A transportadora aérea angolana TAAG anunciou hoje que estão retomadas as ligações Luanda-Lisboa-Luanda, após o restabelecimento da capacidade energética do Aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, garantindo acomodação gradual dos passageiros afetados.
Em comunicado, a TAAG garantiu também a normalização dos serviços essenciais e salienta que os passageiros impactados com esta disrupção [dado o corte de energia registado na segunda-feira em Portugal] serão acomodados gradualmente nos próximos serviços da transportadora.
A transportadora estatal angolana refere que os pontos de atendimento ao cliente irão manter uma comunicação regular junto dos passageiros, agradecendo a compreensão dos passageiros e clientes diante da "situação de força maior", que afetou o seu plano de viagem.
Na segunda-feira, a TAAG cancelou os voos programados no itinerário Luanda-Lisboa-Luanda, devido ao corte de energia elétrica que condicionou o funcionamento do aeroporto na capital portuguesa.
E-Redes alerta para eventuais burlas e diz que é desnecessária intervenção nos contadores
A E-Redes alertou esta terça-feira para eventuais burlas na sequência do apagão de segunda-feira e sublinhou que não é necessária intervenção nos contadores de eletricidade, nem é cobrado diretamente aos clientes qualquer valor quando são feitas estas deslocações.
Escolas, serviços municipais e hospital funcionam sem constrangimentos na Guarda
A cidade da Guarda regressou hoje à normalidade depois de sete horas sem eletricidade, num apagão que fechou escolas e afetou o funcionamento dos serviços municipais e de saúde.
"Estamos gradualmente a regressar ao normal funcionamento dos serviços, depois do corte de energia na segunda-feira. Prevemos que todas as consultas externas sejam estabelecidas ao longo do dia", disse fonte da administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda à agência Lusa.
A mesma fonte adiantou que o serviço de Urgência Pediátrica regressou "ao local habitual, ainda durante a manhã", depois de ter estado a funcionar no edifício das consultas externas na segunda-feira.
Abastecimento total de água ao concelho de Sintra previsto até às 15h00 de hoje
A reposição total do abastecimento de água em algumas zonas do concelho de Sintra deve acontecer esta terça-feira à tarde, depois do corte no fornecimento devido ao apagão elétrico na segunda-feira, disse à Lusa fonte municipal.
Maioria de parques de estacionamento e semáforos de Lisboa a funcionar
A maioria dos parques de estacionamento de Lisboa geridos pela EMEL "encontra-se já em funcionamento", informou hoje a empresa, referindo ainda que já foram repostos 98% dos semáforos da cidade, afetados pela falha de energia registada na segunda-feira.
Num ponto de situação atualizado às 11:00, a EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa refere que apenas oito dos 570 cruzamentos da cidade "estão com intervenções em curso".
Dos 37 parques de estacionamento sob a sua gestão, persistem "constrangimentos operacionais" nos de Alcântara, Alto dos Moinhos, Ameixoeira, Avenida Lusíada, Campo das Cebolas, Casal Vistoso, Colégio Militar e Universidade.
Câmara de Setúbal admite que ainda há falta de água em Azeitão
A Câmara de Setúbal revelou hoje que já foi normalizado o abastecimento de água em quase todo o concelho, exceto em algumas zonas de Azeitão, depois das falhas ocorridas devido ao corte de energia registado na segunda-feira.
"Neste momento todos os sistemas estão a bombear e a abastecer os depósitos. Não temos notícia de haver falta de água, com exceção das aldeias de Azeitão", afirma o administrador dos Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS) Paulo Piteira, citado num comunicado publicado na página oficial do município sadino.
Na nota, o responsável dos SMS adianta que o abastecimento de água nas aldeias de Azeitão vai ser reposto nas próximas horas e que "a maior demora na normalização da situação nestas zonas decorre da altimetria", por serem zonas muito altas onde o abastecimento dos depósitos de água demora mais tempo a ser reposto.
Paulo Piteira afirma ainda, no comunicado, que "a falta de eletricidade também provocou perturbações na recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho, estando a situação igualmente em regularização".
Aeroporto de Lisboa está a implementar plano para tratamento de bagagens
O Aeroporto de Lisboa está a implementar um plano para tratamento das bagagens, face à elevada afluência nos balcões para entrega das malas, avançou hoje a ANA, adiantando que os passageiros vão começar a ser contactados pelas companhias aéreas.
"Está a ser implantado no aeroporto de Lisboa um plano para tratamento das bagagens articulado com as várias entidades. Os passageiros vão começar a ser contactados pelas companhias aéreas com informação sobre a entrega da sua bagagem", adiantou a gestora aeroportuária, em comunicado.
A ANA deu conta de uma elevada afluência nos balcões das companhias aéreas, para reagendamento de voos cancelados na segunda-feira, devido ao corte de eletricidade total que afetou a Península Ibérica e parte do território francês, e de serviços de assistência em terra ('handling'), para entrega de bagagens.
Fnam exige responsabilidades políticas pelas "graves dificuldades" no acesso ao SNS
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) exigiu hoje responsabilidades políticas pelas "graves dificuldades" que o apagão registado na segunda-feira provocou no acesso aos cuidados de saúde, acusando o Ministério da Saúde de falta de liderança.
"A Fnam exige responsabilidades políticas e medidas urgentes para garantir que a segurança dos doentes e a dignidade dos profissionais sejam asseguradas. A saúde pública exige respeito, investimento e liderança competente --- valores que, infelizmente, têm estado ausentes na atual governação", manifesta a força sindical num comunicado hoje divulgado.
De acordo com a Fnam, o colapso dos sistemas de comunicação "evidenciou a fragilidade das infraestruturas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), negligenciadas por sucessivos alertas ignorados pela tutela".
Tribunais e conservatórias retomam atividade com constrangimentos na rede
Os tribunais e conservatórias retomaram hoje a atividade normal com constrangimentos na rede, informou o Ministério da Justiça, que garantiu que os prazos judiciais que não puderam ser cumpridos na segunda-feira "estão salvaguardados" por uma norma legal.
Num balanço às 11:00 remetido à Lusa, o ministério liderado por Rita Alarcão Júdice referiu que foi "reposta a normalidade" nos tribunais e que o Citius (o portal usado por magistrados e advogados) está "a funcionar, mas com instabilidade na rede".
Na segunda-feira, os tribunais mantiveram-se abertos somente para atos urgentes, tendo o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, dito à Lusa que na prática estavam parados.
Porto de Leixões a funcionar normalmente desde as 23h00 de segunda-feira
O porto de Leixões retomou o seu funcionamento normal na segunda-feira pelas 23:00, depois de ter sido afetado pelo apagão energético que ocorreu em toda a Península Ibérica, tendo funcionado com recurso a procedimentos manuais e papel.
"Informamos que, desde as 23:00 de ontem [segunda-feira], todos os serviços se encontram novamente operacionais e em pleno funcionamento", pode ler-se num comunicado enviado hoje pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) à Lusa.
No texto, a APDL refere que durante a falha energética "o sistema da JUL -- Janela Única Logística esteve inoperacional, tendo os despachos sido realizados de forma manual e presencial, ao balcão, através de procedimentos em papel".
"Não obstante os condicionalismos, as operações portuárias prosseguiram com o empenho e colaboração de todos os intervenientes", aponta, referindo que "foi necessário gerir as atividades e operações portuárias de forma gradual e ajustada às circunstâncias".
A APDL "agradece a compreensão e o esforço de todos os agentes económicos, 'stakeholders' [agentes], membros da Comunidade Portuária, parceiros e utilizadores, que contribuíram para a continuidade do funcionamento do Porto de Leixões", refere.
AHRESP acompanha efeitos e prepara orientações sobre segurança alimentar
A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) está a acompanhar os efeitos do apagão de energia na segunda-feira e está a preparar com a ASAE orientações para ajudar empresários no cumprimento das regras de segurança alimentar.
A par do impacto que a falha energética teve na operação normal dos restaurantes -- em que apenas os que tinham meios alternativos como fogões a lenha, grelhadores ou fogões a gás conseguiram operar -- a AHRESP aponta a questão do funcionamento dos equipamentos de frio.
Neste sentido, a secretária-geral da associação, Ana Jacinto, adiantou que a AHRESP está já a preparar, em articulação com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), um conjunto de "orientações claras para apoiar os empresários na gestão desta situação e assegurar o cumprimento rigoroso das boas práticas de segurança alimentar".
Operação nos aeroportos a decorrer com normalidade
A operação nos aeroportos nacionais está hoje a decorrer com normalidade, embora persistam alguns impactos relacionados com os voos cancelados ou atrasados de segunda-feira, devido ao apagão, e afluência elevada para entrega de bagagens, avançou a ANA.
"A operação nos aeroportos portugueses está a decorrer com normalidade, com todos os sistemas operacionais a funcionarem", adiantou a gestora aeroportuária, em comunicado.
No Porto e em Faro, as operações decorrem regularmente, ainda com alguns impactos relacionados com os voos cancelados ou atrasados do dia anterior, enquanto no aeroporto de Lisboa a "recuperação dos voos de ontem [segunda-feira] apresenta maiores desafios, mas a situação está controlada", detalhou a ANA.
Ventura criticou a ação do Governo e da Proteção Civil durante o apagão
O líder do partido Chega, André Ventura, criticou a ação do Governo e da Proteção Civil durante o apagão que se fez sentir em Portugal, na segunda-feira.
“A Proteção Civil falhou ao não enviar uma mensagem que devia ter ido para todos”, disse Ventura.
“O Governo esteve muito mal ontem. O Governo falhou”, afirmou o líder do Chega.
O presidente do Chega disse que o partido vai pedir ao Governo uma auditoria, feita por uma entidade independente, para esclarecer as causas do apagão.
PAN defende que investimento em estruturas energéticas deve ser uma prioridade
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, insiste que é fundamental adaptar as infraestruturas essenciais para responder a situações como o apagão que se fez sentir em Portugal, na segunda-feira.
Inês Sousa Real criticou ainda o modo como “sucessivos governos têm desinvestido nas estruturas energéticas”, que têm de ser “uma prioridade, quer por questões ambientais e sociais, como por independência energética".
Mariana Mortágua afirma que apagão revelou fragilidade de Portugal no setor energético
A líder do BE, Mariana Mortágua, criticou, esta terça-feira, a privatização do setor elétrico, afirmando que o apagão revelou a fragilidade de Portugal.
“A rede elétrica falhou, falharam as telecomunicações, falhou o fornecimento de energia a hospitais”, começou por dizer Mortágua. “Ficamos conscientes do erro fatal de privatizar a REN”, acrescentou.
A líder bloquista defende que a soberania do País depende da capacidade de gerir e controlar a rede de eletricidade.
Mariana Mortágua, esclarecendo que não fará da situação tema de campanha, afirma que é importante apurar o que aconteceu.
Finanças alargam prazo para cumprimento de obrigações devido ao apagão
O Ministérios das Finanças deu aos contribuintes mais um dia para cumprirem as obrigações que tinham prazo até segunda e esta terça-feira sem penalizações, uma vez que o Portal das Finanças ainda se encontra em baixo depois do apagão, avança o Jornal de Negócios.
Comissão Europeia considera que hipótese descartada de ciberataque é boa notícia
A Comissão Europeia considerou esta terça-feira que a hipótese descartada de ciberataque no apagão que afetou a Península Ibérica é "uma boa notícia", aguardando porém uma investigação às possíveis causas para aumentar a preparação na União Europeia (UE).
Escolas da Sertã reabrem na quarta-feira
As escolas do concelho da Sertã, no distrito de Castelo Branco, estão hoje encerradas na sequência do apagão de segunda-feira, confirmou à agência Lusa o município.
Segundo o gabinete de comunicação da Câmara Municipal da Sertã, todos os estabelecimentos de ensino do concelho estão hoje encerrados e irão retomar o seu normal funcionamento na quarta-feira.
Esta decisão foi tomada na segunda-feira, em estreita colaboração com os estabelecimentos de ensino, no contexto da falha energética, caso a energia não fosse reposta até às 22:00.
Tribunal de Espanha vai investigar possibilidade de ter sido ciberataque
O juiz do Tribunal Nacional espanhol José Luis Calama anunciou hoje ter iniciado uma investigação preliminar para apurar se o apagão de segunda-feira da rede elétrica espanhola pode ter sido um ciberataque às infraestruturas críticas espanholas.
Caso se comprovasse esse cenário, o ato constituiria um crime de terrorismo, explicou.
O anúncio foi feito pouco depois de a empresa responsável pela gestão da rede elétrica de Espanha ter descartado a possibilidade de o apagão, que também afetou Portugal e o sul de França, ter sido provocado por um ato de sabotagem cibernética à companhia.
Unidades locais de saúde do Alentejo funcionam com normalidade
As unidades locais de saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) e do Litoral Alentejano (ULSLA) retomaram hoje a sua atividade integral, após cancelarem serviços não urgentes, na segunda-feira, devido ao apagão que afetou toda a Península Ibérica.
Em comunicado divulgado hoje, a ULSBA anunciou que, após ser restabelecido o fornecimento de energia elétrica, "foi retomada toda a atividade nas diversas unidades da instituição".
Contactada pela agência Lusa, fonte desta ULS, que integra o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, disse que a energia elétrica regressou "na segunda-feira à noite, tendo sido hoje restabelecida toda a atividade programada [no hospital], como consultas, exames e cirurgias".
Na segunda-feira, a ULSBA, em comunicado, informou a suspensão da atividade programada no Hospital José Joaquim Fernandes, incluindo consultas, exames e cirurgias, devido ao apagão na rede elétrica.
Devido à falha generalizada no fornecimento de energia, também a ULSLA cancelou os serviços não urgentes, como consultas hospitalares e nos cuidados de saúde primários, análises clínicas e serviço de hematologia.
Reguengos de Monsaraz protegeu vacinas e medicamentos num supermercado
Vacinas e medicamentos que precisam de refrigeração foram recolhidos, na segunda-feira, no centro de saúde e farmácias de Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, e colocados em frigoríficos de um supermercado, devido ao apagão, foi hoje revelado.
PCP afirma que privatização do setor energético dificultou a capacidade de resposta ao apagão
O líder do PCP, Paulo Raimundo, criticou a segmentação e privatização do setor energético ao Portugal, afirmando que esta terá dificultado a capacidade de resposta ao apagão que se fez sentir em Portugal, na segunda-feira.
“Face à situação de ontem, este elemento [privatização] não seria decisivo. Mas foi decisivo na resposta”, afirmou o líder comunista.
Raimundo criticou ainda a resposta do Governo, dizendo que se “exigia informação mais rápida e mais desenvolvida”, para que a população se sentisse segura.
Rui Tavares diz que Portugal não está preparado para responder a uma crise energética
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, criticou, esta terça-feira, o facto de o País não estar preparado para responder a uma crise energética, realçando que os líderes parlamentares não têm meios de comunicação alternativos.
Segundo Rui Tavares, os líderes parlamentares deveriam ter acesso a um telemóvel via satélite para poderem agir em situações semelhantes à que ocorreu na segunda-feira.
O político adianta ainda que o partido deverá propor uma Comissão de Inquérito para recolher informação sobre o apagão que afetou Portugal continental e rever o modo de atuação e os planos nacionais.
Rui Tavares elogiou o facto dos Açores e da Madeira estarem descentralizadas e terem autonomia energética.
APREN considera que Transição energética deve ser feita em paralelo com rede mais robusta
A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) considerou hoje, em declarações à Lusa, que o apagão de segunda-feira mostrou que a transição energética deve ser feita em paralelo com a construção de uma rede mais robusta, interligada e avançada.
"A transição energética não pode ocorrer à margem de uma estratégia clara de investimento em rede elétrica de distribuição e transporte bem como em sistemas de armazenamento e flexibilidade do sistema elétrico", defendeu o presidente da APREN, Pedro Amaral Jorge, em declarações enviadas à Lusa, na sequência do corte de energia elétrica que deixou o país às escuras durante cerca de 11 horas, na segunda-feira, e que afetou também Espanha e parte do território francês.
Para a associação, a falha geral de eletricidade "mostrou que o caminho para um sistema elétrico mais limpo deve ser feito em paralelo com a construção de uma rede mais robusta, interligada e tecnologicamente avançada".
Eletricidade reposta nos hospitais privados mas com falhas nos sistemas informáticos
Todos os hospitais privados já têm a eletricidade restabelecida, apesar de ainda haver alguns problemas informáticos que deverão ser resolvidos até ao final da manhã, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).
Depois de "um dia muito difícil" e de "uma noite com alguma tensão", o presidente da APHP, Óscar Gaspar, disse que hoje "as coisas estão a entrar na normalidade", havendo eletricidade em todos os hospitais.
"Ainda há alguns problemas com alguns sistemas informáticos, nomeadamente de ligação entre os hospitais privados e outras instituições, mas aquilo que me é referido é que tudo tende para a normalização até ao final da manhã. Portanto, depois do pesadelo de ontem, acho que hoje foi um acordar bastante sereno", declarou.
Óscar Gaspar relatou que muitas equipas tiveram de trabalhar "horas e horas extra" e "dar o máximo" para garantir que tudo estava a funcionar, considerando que, neste momento, "o balanço é positivo".
Hospital São João mantém plano de contingência mas em escala menor
O Hospital de São João, no Porto, vai hoje manter o plano de contingência ativo "mas numa escala menor", e está a reagendar o que foi cancelado na segunda-feira devido ao apagão geral.
Em resposta à agência Lusa, fonte do hospital acrescentou que a atividade programada já arrancou esta manhã.
"Continuamos com o plano de contingência ativo mas numa escala menor. A atividade programada de hoje já arrancou e o que foi cancelado ontem [segunda-feira] já está a ser reagendado pelas nossas equipas", referiu a fonte.
Fonte do hospital explicou que a capacidade de resposta dos geradores estava dependente da gestão do combustível disponível.
Os geradores de emergência serviram para alimentar áreas prioritárias, como o bloco operatório para intervenções cirúrgicas urgentes e a Unidade de Cuidados Intensivos.
Também hoje, em resposta à Lusa, fonte da Unidade Local de Saúde Gaia/Espinho indicou que a situação está "totalmente regularizada".
Viseu regressa ao normal, hospital incluído
A cidade de Viseu regressou hoje à normalidade depois do apagão energético de segunda-feira e o hospital central da cidade levantou o plano de contingência.
O plano de contingência que a Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões ativou na tarde de segunda-feira "foi levantado às 22:00", disse hoje à agência Lusa fonte hospitalar e "está a correr tudo com normalidade" na instituição.
"Hoje amanhecemos com a mesma normalidade com que acordámos ontem [segunda-feira]. Conseguimos restabelecer tudo a partir das 21:30, quando a energia regressou e de imediato tivemos equipas a trabalhar em contínuo no sentido de repor tudo o que havia a repor", assegurou à agência Lusa, por outro lado, o vice-presidente da Câmara, João Paulo Gouveia.
Centros de Saúde de Almada-Seixal retomaram atividade
A ULS Almada-Seixal (ULSAS) anunciou hoje que, com o restabelecimento da energia na sua área de influência, a atividade assistencial está a ser garantida, praticamente na totalidade das suas unidades de cuidados de saúde.
Em comunicado, a ULSAS explica que com a retoma da energia, foi possível manter hoje a atividade normal de consulta externa, bem como a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica no Hospital Garcia de Orta.
A atividade cirúrgica programada não urgente, por seu turno, poderá sofrer condicionalismos por fatores aos quais a ULSAS diz ser alheia, por estarem relacionados com fornecedores externos.
No caso das unidades de cuidados de saúde primários, as mesmas retomaram a sua atividade normal, à exceção da USF Torre da Marinha, que se mantém, para já, encerrada.
A Unidade Local de Saúde Almada-Seixal acrescenta que será feita atualização da informação assim que se justifique.
Hospital e serviços de Leiria normalizados
O hospital e os serviços essenciais no concelho de Leiria estão normalizados, após o corte generalizado no abastecimento elétrico que afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha.
Segundo informações à agência Lusa, fonte do hospital de Leiria adiantou que a unidade de saúde está a funcionar em pleno desde as 23:40 de segunda-feira, assim como os hospitais de Alcobaça e Pombal, e centros de saúde da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL).
Numa nota de imprensa, a ULSRL acrescentou que foi desativado o plano de contingência.
EDP considera que resposta coordenada de todo o setor elétrico foi exemplar
O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, considerou hoje que a resposta coordenada de todo o elétrico ao apagão de segunda-feira foi exemplar e que o evento sem precedentes mostrou a importância vital da segurança no abastecimento.
"Num contexto tão exigente, a resposta coordenada de todo o setor elétrico --- desde os operadores de rede aos produtores e distribuidores --- revelou-se exemplar, permitindo restabelecer o fornecimento de energia de forma rápida e segura, sempre em estreita articulação com as autoridades competentes", defendeu o líder da EDP, em declarações enviadas à Lusa.
O responsável apontou também que a falha no sistema de energia ibérico tratou-se de um evento sem precedentes que "veio sublinhar a importância vital da segurança e da resiliência no abastecimento elétrico".
Stilwell d'Andrade destacou o "empenho incansável das equipas técnicas e operacionais" da EDP em Portugal e Espanha, que tanto nas centrais elétricas, como nas redes de distribuição e no atendimento aos clientes "atuaram com extrema competência, dedicação e sentido de missão".
Pequenas e médias empresas exigem apoio após "milhares de euros de prejuízos"
A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) exigiu esta terça-feira apoios após estas contabilizarem "milhares de euros de prejuízos em diversos setores", após o apagão elétrico que atingiu Portugal na segunda-feira.
"A CPPME exige do Governo imediatos fundos de reforço às tesourarias para sustentabilidade das Micro, Pequenas e Médias Empresas", refere uma nota esta terça-feira divulgada pela confederação empresarial.
No entender da confederação, a avaliação que tem sido feita "já permite contabilizar milhares de euros de prejuízos em diversos setores", destacando-se o da restauração.
Situação normalizada nos hospitais após milhares de adiamentos na segunda-feira
O corte generalizado de energia de segunda-feira obrigou a adiar milhares de consultas, cirurgias e tratamentos que terão de ser reprogramados em vários hospitais, mas esta terça-feira a atividade já regressou ao normal, segundo os administradores hospitalares.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Xavier Barreto, disse que não foi preciso desmarcar a atividade programada para esta terça-feira e que as unidades terão agora de recuperar o que foi perdido na segunda-feira.
"Os doentes de ontem [segunda-feira] vamos remarcar e estamos hoje mesmo a apurar essas listas e a remarcá-las, em conjunto com as nossas equipas e com os nossos médicos", disse.
Red Elétrica descarta "incidente de cibersegurança" como causa do apagão
A operadora espanhola Red Eléctrica descarta a possibilidade de que o apagão tenha sido um incidente de cibersegurança e informa que o corte de energia deu-se no espaço de cinco segundos, avança o jornal espanhol El País.
Gritos e fogo de artifício para celebrar o regresso da energia elétrica
Zonas do concelho de Sintra sem água
Há várias zonas do concelho de Sintra sem água. A Câmara Municipal explicou ao CM que a EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres - restabeleceu a distribuição de água para o concelho às 8h30 esperando-se assim que a situação seja resolvida o mais breve possível.
Serviços da MEO repostos quase na totalidade pelas 9h30
A operadora MEO informou esta terça-feira que, pelas 9h30, os seus serviços, afetados pelo apagão de segunda-feira, estavam repostos "quase na totalidade, existindo apenas algumas situações pontuais que estão em fase de resolução durante o dia".
"Devido à rápida resposta com a ativação do Plano de Contingência e empenho de todas as equipas MEO, foi possível continuar a garantir os serviços críticos e normalizar as telecomunicações em todo o país, minimizando o impacto da crise energética nos nossos clientes", acrescenta a operadora.
Rede da NOS totalmente operacional após apagão
A operadora NOS informou esta terça-feira que a sua rede está "totalmente operacional e a situação encontra-se estabilizada", após o apagão de segunda-feira.
"As equipas da NOS trabalharam durante a noite para garantir as reconfigurações de rede necessárias ao funcionamento pleno dos serviços", refere a operadora, acrescentando que "continuará a monitorizar atentamente a estabilidade da rede e eventuais impactos residuais da falha de energia registada".
Aguiar-Branco convoca reunião entre partidos e Governo para hoje às 14h00
O presidente da Assembleia da República convocou os partidos com representação parlamentar para uma reunião com o Governo, pelas 14h00, para se fazer um ponto da situação do apagão ocorrido na segunda-feira em território continental.
Na missiva, à qual a agência Lusa teve acesso, José Pedro Aguiar-Branco indica que a reunião terá como "objetivo a apresentação de um ponto de situação sobre o incidente ocorrido ontem, 28 de abril, na rede elétrica nacional".
Câmara Municipal, Espaços Cidadão e AIMA nas Caldas da Rainha sem sistema informático
A loja da AIMA e o Espaços Cidadão nas Caldas da Rainha, Leiria, estão sem sistema informático esta terça-feira. Segundo apurou o CM, também a Câmara Municipal das Caldas da Rainha está sem sistema.
Voos cancelados e atrasos de horas mantêm-se nos aeroportos
O apagão de segunda-feira na Península Ibérica continua, esta terça-feira, de manhã a ter influência nos voos em diversos aeroportos do continente, com Lisboa a ver canceladas várias ligações e a ter atrasos de várias horas nas chegadas e partidas.
No aeroporto Humberto Delgado (Lisboa), segundo a informação disponível no 'site', cerca das 09h00, foram canceladas várias ligações, como o voo que estava previsto para Londres, às 06h40, para Frankfurt (06h45), Varsóvia (07h05), Bruxelas (07h15), Milão (07h15), Berlim (07h55), Montreal (08h25), entre outros.
Das partidas previstas, muitas estão com atrasos de várias horas.
Nas chegadas, há atrasos que chegam às quatro horas e vários voos de diversas companhias que deveriam ter aterrado, esta terça-feira, de manhã foram cancelados.
Vodafone recuperou serviço em todo o país após apagão
A Vodafone informou, esta terça-feira, que recuperou o seu serviço em todo o país, na sequência do apagão ocorrido na segunda-feira, existindo "pequenos focos de perturbação na rede", que espera recuperar ao longo do dia.
"A Vodafone recuperou o seu serviço em todo o País, mantendo apenas pequenos focos de perturbação na rede, sendo esperada recuperação ao longo do dia", informou a operadora.
Unidade Local de Saúde São José retoma normal funcionamento
A Unidade Local de Saúde (ULS) São José, em Lisboa, anunciou esta terça-feira que todas as suas unidades estão a funcionar normalmente, após ter sido reposto o fornecimento de eletricidade na segunda-feira à noite.
As unidades de cuidados de saúde primários da ULS São José também retomam esta terça-feira a sua atividade e "a atividade programada que não foi realizada será reagendada assim que possível", refere em comunicado a instituição.
Na sequência da falha de energia, a ULS São José ativou o Plano de Contingência na segunda-feira, tendo ficado temporariamente suspensa a atividade programada e não prioritária que será retomada esta terça-feira.
Serviço do Metro de Lisboa retomado na totalidade
A circulação no Metropolitano de Lisboa (ML) foi retomada na totalidade às 08h38, depois de ter estado suspensa devido ao apagão no abastecimento elétrico na segunda-feira, disse à agência Lusa fonte da empresa.
De acordo com a mesma fonte, a circulação foi retomada nas Linhas Azul e Vermelha às 08h00, na Amarela às 08h15 e na Verde às 08h38.
Serviço do Metro de Lisboa retomado nas Linhas Azul e Vermelha
A circulação nas Linhas Azul e Vermelha do Metropolitano de Lisboa (ML) foi já retomada esta manhã, esperando-se o restabelecimento na Amarela e Verde em breve, informou a empresa.
A circulação no Metropolitano de Lisboa foi interrompida na segunda-feira devido ao apagão no abastecimento elétrico.
Retomada circulação de comboios da Fertagus às 05h00
A circulação de comboios da Fertagus, que faz a ligação entre Lisboa e a Margem Sul, está, esta terça-feira, normalizada, depois de ter estado suspensa durante segunda-feira devido ao apagão no abastecimento elétrico, informou a empresa.
Segundo informação disponível na página da Fertagus na rede social Facebook, a circulação de comboios foi interrompida cerca das 11h30 de segunda-feira por falta de tensão na catenária.
Escolas devem reabrir hoje e funcionar com normalidade após apagão elétrico
Os estabelecimentos de ensino de Portugal continental devem reabrir, esta terça-feira, e funcionar com toda a normalidade, após o apagão de segunda-feira, de acordo com informação do Ministério da Educação.
"Atendendo à reposição de energia elétrica e de fornecimento de água em todo o país durante a noite, os estabelecimentos de ensino devem hoje, terça-feira, reabrir e funcionar com toda a normalidade", diz o ministério, em comunicado.
Todas as subestações elétricas espanholas já com energia
Todas as subestações elétricas de Espanha já tinham energia às 5h00 desta terça-feira (4h00 em Lisboa) após o apagão de segunda-feira, disse a distribuidora Red Eléctrica.
Segundo a empresa espanhola, estava restabelecido o equivalente de 92,1% da procura de eletricidade no território continental de Espanha.
Tanto Portugal como Espanha estão a recuperar lentamente de um incidente que foi descrito como "absolutamente excecional" e que provocou uma falha generalizada de energia, a desconexão das comunicações móveis e perturbações no comércio, na indústria e, sobretudo, na rede de transportes.
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