Presidente do Brasil diz que troca do diretor-geral teve como objetivo de aumentar a interlocução entre ele e a entidade.
Mais de um ano após o processo ter sido instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF) o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, depôs na noite desta quarta-feira sobre a acusação de ingerência na Polícia Federal, e negou-a. De acordo com o depoimento, as trocas a que procedeu no final de Abril do ano passado na cúpula da Polícia Federal não tiveram qualquer intuito de ingerir na corporação, como acusou na altura o então ministro da Justiça, Sérgio Moro (que se demitiu devido a essas trocas), mas sim aumentar a interlocução entre ele e a entidade.
No seu depoimento, feito em sigilo em local e horário que ele mesmo escolheu, Bolsonaro afirmou não ter qualquer reparo a fazer na atuação do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, escolhido por Moro, mas que decidiu demití-lo por o chefe da organização policial não aceitar ter a tal "interlocução" que ele gostaria de ter. Dias antes das trocas na Polícia Federal, Bolsonaro reclamou numa reunião do Conselho de Ministros que vazou para a imprensa que ia trocar o comando da organização porque o diretor-geral não lhe contava nada sobre operações e investigações e, acrescentou usando palavras de baixo calão, "não ia deixar f****** a ele ou alguém da família dele" por serem apanhados desprevenidos.
Moro denunciou na época que Bolsonaro queria trocar os chefes da Polícia Federal para poder interferir em investigações que poderiam atingí-lo a ele e aos filhos e por isso queria demitir Maurício Valeixo, um técnico muito respeitado por ter atuado na Operação Lava Jato, e nomear para o cargo Alexandre Ramagem, amigo pessoal do presidente e dos filhos. Devido à extrema proximidade de Ramagem com o clã presidencial, o Supremo Tribunal proibiu Bolsonaro de o nomear para diretor-geral da Polícia Federal e ele acabou por ser nomeado diretor da ABIN, Agência Brasileira de Informações, essa sim, a quem compete fazer relatórios secretos sobre o Brasil para ajudar o chefe de Estado a tomar decisões.
No seu depoimento, que ao longo de mais de um ano tentou evitar, Jair Bolsonaro acusou por sua vez Sérgio Moro de ter condicionado a aceitação das trocas na Polícia Federal a obtenção de uma vantagem pessoal. Segundo Bolsonaro, Moro teria dito que aceitaria as mudanças na cúpula da Polícia Federal se o presidente, em troca, o nomeasse para a primeira vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal, o que o chefe de Estado disse ter recusado e provocado a saída do ministro no dia seguinte.
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