Se um extraterrestre tivesse passado todo o dia de ontem a fazer zapping nos canais informativos portugueses (em todos, sem excepção) teria ficado maravilhado com o nosso país. Um país que dedica um dia inteiro à contratação de um treinador de futebol – por muito bom que esse treinador seja, e é – só pode ser um país que não tem mais nada com que se preocupar. Por sorte, as televisões nem tiveram de repartir o seu precioso tempo e recursos entre o José Mourinho e uma desgraça qualquer que, felizmente, não ocorreu. Só deu mesmo Mourinho. O nosso jornalismo televisivo parece viver cada vez mais neste registo bipolar, ora nos presenteando com um país ficcional (o tal país do Mourinho onde não acontece mais nada) ora pintando um país absolutamente negro e catastrófico à primeira coisa que corra mal. Entre esses dois extremos, o país move-se, no entanto. E ainda bem. Ontem mesmo, deu-se um passo muito importante para resolver um dos maiores problemas que afectam as famílias portuguesas, como é a falta de casas acessíveis. Passando praticamente ao lado da atenção dos media, o governo assinou um contrato com o Banco Europeu de Investimento (BEI), de mais 1,3 mil milhões de euros, que vai permitir construir ou renovar cerca de doze mil casas públicas para arrendar a preços acessíveis, com a promessa de estarem prontas “num curto espaço de tempo”. Pode não ser para as televisões, mas é uma boa notícia para as pessoas.
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