Se as contas não me falham, a greve geral de ontem foi a décima primeira da nossa democracia e, dessas, apenas duas não ocorreram durante governos do PSD. Por si só, este facto diz mais sobre as motivações dos sindicatos que promovem estas greves do que dos governos que as enfrentam. Mas sobre isso já aqui falei. Também não vale a pena entrar no habitual despique dos números. Os sindicatos têm os seus, o governo tem os dele, e desta vez não podiam bater mais errado, com uns a falarem numa adesão na ordem dos 90% e outros a falarem em 10%. O que fica então desta greve, além das imagens de vandalismo gratuito em frente ao parlamento? Prefiro salientar as coisas positivas. Em primeiro lugar, fica o exercício de um direito democrático, e isso é sempre bom, quer se concorde com a greve quer não. Em segundo lugar, fica o sinal de que é preciso continuar a negociação entre o governo e os parceiros sociais. É melhor chegar a um ponto de equilíbrio do que não chegar a lado nenhum. E, finalmente, fica o conforto de saber que, apesar da paralisação conseguida em alguns sectores da administração pública (transportes, educação, saúde), os agentes da economia real mantiveram o país a funcionar quase a cem por cento. Todos têm lições a tirar.
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Agentes da economia real mantiveram o país a funcionar quase a cem por cento.
Prestações do candidato até ao momento têm confirmado o que há muito já se suspeitava.
É de louvar o sentido de responsabilidade demonstrado por José Luís Carneiro.
Esquerda e sindicatos têm da economia uma visão cristalizada e polarizada
Como não conseguem mobilizar o país, vão tentar paralisá-lo.
Com Cavaco, Portugal deu um salto de desenvolvimento económico e social como nunca tinha dado.
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