O estado de espírito com que Henrique Gouveia e Melo encara os debates presidenciais não deve ser muito diferente daquele aluno que sabe que não domina a matéria em dia de teste decisivo. As prestações do candidato até ao momento têm confirmado o que há muito já se suspeitava: a impreparação para o cargo a que se candidata. Não se trata de uma questão de mais ou menos eloquência, de falta de jeito para articular as palavras, de uma retórica pobre. Se essas fragilidades fossem compensadas por outros atributos, como experiência e pensamento políticos, por clareza de posições, por ideias aprofundadas sobre e para o país, o problema de Gouveia e Melo até seria ultrapassável. A questão é que desde que o almirante despiu a farda, o leitmotif da sua candidatura também ficou a nu. Ou seja, Gouveia e Melo não se candidatou porque tinha uma ideia para o país, mas sim porque tinha uma ideia de si próprio e uma ideia do que pensava ser a ideia que os portugueses tinham sobre ele. É manifestamente pouco. E agora que tem mesmo de se dar a conhecer aos eleitores e de provar que tem o que é necessário para exercer o cargo de maior magistrado da nação, a imagem messiânica “da pessoa certa no lugar certo” vai-se esfumando a cada prestação televisiva, esgotada no monoargumento de uma suposta superioridade e independência.
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