A filha de emigrantes do Brasil – onde enviuvou e de onde regressou para a sua aldeia de Roboreda nas colinas de Cerveira – tem as suas devoções cristãs mas, depois, a ideia de que não existe devoção sem rituais que as prolonguem dentro de casa. Assim, mal passam os derradeiros dias de Setembro, quando recolhem as barracas do areal da praia, a governanta deste eremitério de Moledo começa a pensar no Natal. Não no mistério do nascimento de Jesus, não na Missa do Galo (a que antigamente íamos na bela igreja de Caminha) – mas na mesa do jantar de Natal, como se o espírito da Tia Benedita, a matriarca miguelista dos Homem, tivesse aparecido no velho casarão de granito em Ponte de Lima a fim de autorizar que se utilizasse a loiça da Companhia. Na verdade, autoriza (duas vezes por ano, em média).
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Começava por visitar timidamente o seu guarda-roupa de Outono.
Não tive de me incomodar com obrigações matrimoniais.
A surdez das velhas gerações é frequentemente subvalorizada.
Com a idade queremos alguns luxos no meio da Natureza.
O essencial era que o género humano era um mistério
O passado vem ter connosco, mesmo com a bênção do iodo do Alto Minho.
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