Um dos princípios seguidos pelo velho Doutor Homem, meu pai, era o de esperar pouco da vida e, portanto, de não aborrecer muito o seu próximo. Talvez por isso cansavam-no bastante os virtuosos, os que tinham vários remédios para a pátria e os de pele demasiado pálida, refractários à luz do sol. Quase todos eram admirados pelas tias da família, umas senhoras que gostavam de fornecer exemplos de superioridade moral para amedrontar os homens do clã, conhecidos por serem um bando pouco recomendável que ganhou fama nos restaurantes da Galiza, nos repertórios de valdevinos regionais e na evocação do passado. Mesmo assim, nos almoços do casarão de Ponte de Lima – à cautela – elas conservavam-nos à distância: com o andar da conversa tornavam-se aborrecidos e incapazes de as fazerem corar com um episódio, uma história, um devaneio, uma observação sobre o pudim à abade de Priscos, uma picardia sobre o estado das coisas.
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Extasiou-se com as notícias do roubo das jóias de Eugénia de Montijo em plena luz do dia parisiense.
Tirando a internet, na verdade não aprendemos nada de novo
Eu não discuto porque ela vê muitos debates pela televisão.
A fotografia do caçador de borboletas ainda existe.
Havia na sua índole de céptico um certo exagero, uma questão de estilo, um modo de ser
As dunas de Moledo são ainda um lugar de passeio.
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