Uma das novidades da nossa vida cultural, mas contagiando tudo o resto, é a existência de uma censura informal, sem regras, dogmática, adolescente, fútil e caprichosa. A tentação fascistóide não é de hoje. Em 1983, o jornal francês ‘Libération’ (com mil assinaturas) pediu que o governo colocasse no índex o ‘Pantagruel’, de Rabelais, Hemingway, ‘Judas, o Obscuro’, de Thomas Hardy, toda a obra de Kafka, a poesia de Baudelaire e, claro, ‘Madame Bovary’, de Gustave Flaubert; por sexismo, racismo e outros pecados. Hoje, a censura progressista espalhou-se pela universidade, pela imprensa e pelas artes – para registar esses atropelos, Pedro Correia escreveu um livro precioso, ‘Tudo é Tabu’ (Guerra & Paz), onde reúne 100 casos de censura e peralvilhice infantil desta década. Registando estas tolices, Pedro Correia mostra até que ponto a doença censória se tornou uma forma de vandalismo cultural e de renúncia à dignidade, ao debate, à razão e à liberdade. Os tolos e ativistas andam à solta; os poderes públicos acham que é chique.
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