O texto não deixa margem para dúvidas e não é preciso ser grande biblista: “Não maltratareis nem oprimireis nenhum estrangeiro, pois vós fostes estrangeiros nas terras do Egito”. Acontece que a questão “dos estrangeiros” já não é a mesma de há vinte anos, quando Portugal recebia a primeira vaga de imigração (brasileira, africana, eslava) que mudou o país e ajudou a modernizá-lo. Aliás, é sempre assim. Portugal muda porque os que vêm de fora desafiam a mediocridade, aproveitam oportunidades, sacrificam-se, não fazem parte das boas famílias. Foi assim com os retornados, que mudaram o país convencido e eufórico dos anos 70 - mas pobretanas, preguiçoso & funcionário. O mesmíssimo país preguiçoso & funcionário não se preparou para a nova vaga de estrangeiros de hoje; preferiu julgar-se perfeito e imune. Só vale a pena receber estrangeiros (os chineses, os paquistaneses, os bengalis, os africanos) se os recebermos com dignidade, e se aceitarem as nossas leis, se as leis forem para todos, se a convivência não for um confronto.
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