Ah, eu sei. Os deputados, não todos, claro, falam de questões ligadas à lei da nacionalidade – associada à da imigração. Mas ainda não ouvi nenhum deles – peço desculpa se me passou – fazer o retrato do que é a nacionalidade, do que é ser português, da arqueologia e genealogia desse sentimento de pertença invisível. Isto talvez seja uma velharia para gente tão evoluída na escala da seleção natural. O americano Christopher Lasch (1932-1994) escreveu um livro intitulado ‘A Rebelião das Elites e a Traição da Democracia’ onde assinala que uma das características essenciais das “elites políticas e financeiras” é a sua extraterritorialidade – onde estão o dinheiro, os seus pares, os seus amigos de negócio, estarão eles. Não têm bairro, não têm raiz, ao contrário do que sucede com as multidões que tratam com sobranceria – e que ainda falam português. Uma lei desta natureza precisa que a comunidade a discuta. Até pode acontecer que tenhamos uma surpresa e que os portugueses, desatinados, não liguem grande coisa a esta velharia.
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