Fellini já filmou o assunto quando a celebridade era uma coisa cheia de charme, mas continua a comover-me a relação dos “famosos” – as “celebridades” – com a imprensa em geral mas, sobretudo, com a imprensa que trata deles e anuncia que partiram de férias para Peniche ou Bali. A “vida dos famosos” passou a ser à sua imagem: cheia de charme, necessidades e pancadaria. Chego a ter saudades dos bons e velhos tempos em que as candidatas a Miss Mundo se declaravam a favor “da paz e de um mundo melhor” – hoje não só têm pior aspeto como declaram apenas recomendar bagas goji e querer melhorar o mundo diminuindo a frequência do duche. À imprensa abrem as portas de casa ou da suite do hotel – mas fingem-se de ‘vestálias’ (prefiro a ‘vestais’) quando o assunto lhes não interessa; nessa altura bradam contra a imprensa, a facínora que lhes rouba a alma – um objeto volátil que a imprensa criou e desenhou a régua e esquadro. De todos os espectáculos é o mais exótico: diverte e faz-nos acreditar que há gente que nos toma por tolos.
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