Em 1983, José Blanco (1934-2025) publicou na Imprensa Nacional um ‘Fernando Pessoa: Esboço de uma Bibliografia’ que havia de tornar-se o embrião do monumental ‘Pessoana’, dedicado a “bibliografia passiva, selectiva e temática”, além de “índices”, um colosso de 1120 páginas (Assírio & Alvim). Livro que houvesse, tese que fosse apresentada, artigo que fosse citado – José Blanco sabia e, mais, sabia a sua história. Durante anos, esse trabalho tornou possível a obra e os estudos sobre a obra de Pessoa – além de um importante número de edições em inglês e francês. O seu espírito meticuloso só era possível num cavalheiro discreto, organizado, delicado, estudioso. Tudo isso era José Blanco, que morreu no sábado passado e foi, desde 1974, administrador da Fundação Gulbenkian, onde esteve ligado quer ao Serviço de Música quer à divulgação e proteção do património, da arte e da literatura portuguesa no estrangeiro. A sua discrição era lendária e simpática (e a sua simpatia, discreta) – e a sua ausência será sempre comovente.
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